sábado, 6 de junho de 2020

JAGUARÃO – LENDAS, MITOS E PROFECIAS (PARTE II)


Ontem, yesterday 

O padre Luis C. disse: Por que não? Só porque ele é ateu? E nós reconhecemos a nossa ignorância naquele dia. 

Lutar contra o preconceito, racismo e outras arrogâncias, era a ordem do dia. Black Panther´s, Luther King, Malcom X, tudo ali, em Jaguarão. 

Não se podia entrar e dançar no Clube Caixeral, Harmonia, Jaguarense, Instrução e Recreio, nem no salão paroquial da Vila Kennedy, sem ter admoestado por um PM- “pessoa de cor (negro), aqui não pode se manifestar”. Ponto e vírgula! 

Eu vivi um Jaguarão racista e atrasado. Você lembra disso? Mas o passado não importa! Tudo continua mais ou menos do mesmo jeito! Voltemos ao tema: estudar, trabalhar e não se avexar.  

Acredite nos seus antepassados; estes sofreram mais do que você! Colégio Pio XII, Alberto Ribas e Espírito Santo- tenho amigos de todas as classes e cores. Autoestima, auto- afirmação. Renascendo desde as aulas da Margarida e da professora Ana Maria, irmã do Lica, filhos da dona Léa. E aí black is beautiful! 

Havia o Louco da Bita, o Jorge Arides, o Reinaldo, o Carlos Everton, o Lineu, o Carrara e outros bambas. Havia respeito. Depois da literatura latino- americana, Pasquins, Cadernos do Terceiro Mundo, Lennon e Jorge Cafrune, era hora de partir. Assim muitos se foram, levando Jaguarão consigo! Isso não é fácil, cara! Mas sempre voltamos como os Beatles e os Rolling Stones! 

Thadeu Gomes. 

Aos amigos- Gerson, sapateiro; professora Verdina, pelos saraus undergrounds, que só os eleitos frequentavam e dona Necha, que benevolente, sempre amava todos como seus filhos.

2 comentários:

Fernando disse...

q maravilha, vivi isso, conheço eles, conheço isso...

Carlos José de Azevedo Machado disse...

Maravilha. "A história é um profeta com o olhar voltado para tráz, analisa o que foi, e contra o que foi, anuncia o que será" (Galeano)

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