sábado, 31 de março de 2012

Luiz Carlos Vaz: Schlee, Memória e Ficção na Fronteira


Leitura pelo autor, Luiz Carlos Vaz, de texto dedicado a Aldyr Garcia Schlee, Patrono da III Feira Binacional do Livro de Jaguarão, 2011. Luiz Carlos Vaz, jornalista, foi o mediador do Painel Memórias e Ficção na Fronteira realizado na Casa de Cultura em 08/12/2011 dentro dos Colóquios da Feira. O painel contou com as presenças de João Félix Soares Neto - jornalista e escritor, Pedro Gonzaga, poeta e professor de literatura e Aldyr Garcia Schlee.

Semana da Cerveja em Paisandu começa neste sábado


Nesta Páscoa aproveite para conhecer o oeste do Uruguay e participe da 47 Semana de la Cerveza em Paysandu. Grandes atrações musicais e uma cidade acolhedora. Se for sair por Jaguarão passará por Melo e  Tacuarembó (cidade onde nasceu Carlos Gardel). Shows de No te va a gustar, Vela Puerca, Diego Torres, entre outros. 



quinta-feira, 29 de março de 2012

Tarso instala Fórum Gaúcho Oriental de Educação, Cultura, Tecnologia e Inovação em Jaguarão

Prefeito fez homenagens ao governador Tarso Genro e à ex Reitora da Unipampa, Mª Beatriz Luce
Fotografia Caco Argemi . Palácio Piratini

O Governador Tarso Genro esteve em Jaguarão, na manhã de hoje (28 março), na cerimônia de abertura do I Fórum Gaúcho Oriental de Educação, Cultura e Inovação Tecnológica. Antes ele participou de um breve encontro no Gabinete do Prefeito Cláudio Martins, onde foi recepcionado por autoridades do município e representantes de entidades. Na sequência Tarso Genro foi para o Auditório da Unipampa, onde palestrou sobre o tema “Integração Regional e Cultura”, defendendo o ensino bilíngue nas escolas da região da fronteira e o fortalecimento de iniciativas conjuntas com o Uruguai.

Definido em reuniões técnicas com o presidente uruguaio José Mujica, no ano passado, na Capital, o Fórum serviu para debater a implementação do ensino bilíngue nas escolas da região. Ao destacar a integração das fronteiras, o governador disse que a união entre os países fortalece as economias. "Também valoriza a base produtiva local instalada, para que ela se modernize, agregue valor, gere empregos e distribua rendas".
O encontro debateu medidas para a alfabetização digital. O objetivo é área de tecnologia, Brasil e Uruguai estabeleceram acordo de cooperação no desenvolvimento de parques tecnológicos e incubadoras e na organização de um programa de coincumbação RS/Uruguai. "Esse seminário tem a finalidade de aproximar povos e governos que têm a mesma visão crítica da globalização, liderada pelo capital financeiro internacional que influi sobre a vida pública e dos estados",afirmou.

A Diretora do Ministério da Educação e Cultura do Uruguai, Andrea Vignolo considerou o encontro positivo. "Esperamos que todas essas ações que estão sendo discutidas possam realmente ser efetivadas, tendo impacto real no cotidiano das populações".

O Prefeito de Jaguarão, Cláudio Martins, que  na oportunidade fez a entrega da medalha Mérito Cidade de Jaguarão a Tarso Genro e à ex-reitora da Universidade Federal do Pampa, Maria Beatriz Luce, ressaltou que o RS é o Estado que tem o maior número de cidades de fronteira. "Essas ações de integração de fronteira precisam ser transversalizadas numa perspectiva de desenvolvimento do Brasil e do Uruguai. O governador Tarso tem preconizado isso nas suas ações."
Na área cultural, os governos definiram um intercâmbio que prevê a apresentação de uma mostra do RS em Montevidéu. A exposição deve ser realizada em maio. A ideia do Fórum é constituir um espaço institucional de cooperação entre o Ministério de Educação e Cultura do Uruguai e as secretarias de governo do RS (Seduc, Sedac e Ciência, Tecnologia e Inovação).

Texto : Sec. de Comunicação /Governo do Estado , editado  pelo DeCom-PMJ .

1932 - Noel Rosa em Pelotas



COM QUE ROUPA!

Por: Mario Osorio Magalhães, Historiador, osoriomagalhaes@hotmail.com 


Noel Rosa esteve em Pelotas em maio de 1932. Aos 21 anos, no início da carreira, mas já no fim da vida (morreria em 1937), veio acompanhado dos cantores Francisco Alves e Mário Reis e de mais dois músicos, formando o quinteto que Chico Alves intitulara Ases do Samba.
 
Durante a vinda, Noel compôs Quando o samba acabou. No retorno, escreveu o samba Até amanhã, a música com que os conjuntos encerravam as festas, no meu tempo de moço: "Até amanhã,/ se Deus quiser./Se não chover/ eu volto pra te ver/ oh! Mulher".

Em 1932 Francisco Alves, o Chico Viola, já era um ídolo; alto, magro, elegante, avesso à bebida, era o líder do grupo. Sem gozar do mesmo prestígio, Mário Reis, com a sua voz suave, o seu estilo pausado de cantar, era um gentleman; culto, filho de família tradicional do Rio de Janeiro, por exigência do pai formou-se em Direito - mas, de fato, era "doutor em samba", apelido que lhe deu Custódio Mesquita.

Às vésperas da viagem, Francisco Alves já havia alertado os companheiros que o uso do smoking seria obrigatório: "No máximo um summer, mas de forma alguma um terno comum". Mas, no dia da estreia, em Porto Alegre, Noel entrou no teatro vestindo um encardido terno branco. A explicação: "É um summer. Eu aluguei". "De quem?" "De um garçom, meu amigo." Diante da irritação de Chico Alves, Mário Reis argumentou que o grupo ficaria interessante, quatro de preto e um de branco, e a plateia poderia "até pensar que é bossa".

Na estreia em Pelotas, Francisco Alves já se acostumara com o terno branco e andava menos preocupado com os atrasos de Noel. Mas foi justamente aqui que surgiram novas surpresas. Há quase 20 minutos a plateia reclamava, assobiando, e nada de iniciar o espetáculo, em razão da ausência do futuro "poeta da Vila Isabel". Quando finalmente chegou, não estava de smoking nem de roupa de garçom, mas vestido com um extravagante terno de flanela cinza, listrado; calçava sapatos brancos; e, sobre a cabeça, ostentava uma boina marrom…

Mário, mais uma vez, procurou tranquilizar os companheiros. A solução seria disfarçar, esconder Noel ao fundo da ribalta, atrás do piano: talvez assim o público não percebesse a sua estranha indumentária. Porém, na sua vez de solar, Noel Rosa não se fez de rogado e foi para a frente do palco; cantou uma paródia que havia feito para Suçuarana, a famosa toada sertaneja, na qual fazia troça da própria desgraça, escarnecendo, à sua maneira, da pobreza e da fome.

A plateia julgou que o terno, os sapatos, a boina, faziam parte do número. Prorrompeu em novos assobios, agora de entusiasmo, sacudindo o teatro, a cada nova quadrinha que Noel concluía, com gargalhadas e palmas. 

De modo que estavam satisfeitíssimos com o seu estrondoso sucesso em Pelotas os cinco Ases do Samba quando, dias depois, embarcaram no trem, em direção a Rio Grande.



Nesta quinta-feira, Bollywood Dream no Cineclube Jaguarão



Bollywood Dream:A narrativa envolve três atrizes brasileiras que decidem tentar a sorte em Bollywood, indústria cinematográfica da Índia. Entretanto, uma vez inseridas no coração da cultura indiana, seus sonhos se modificam pelo contraste entre o oriente e o ocidente, o ancestral e o novo, os valores individuais e os coletivos.

Direção Beatriz Seigner. Classificação etária: livre

quarta-feira, 28 de março de 2012

Sereia em pelo de esquilo.



Entre noite e madrugada, sorriu-lhe uma sereia. Mais tarde L. B. descobriu que Ela era um esquilo invertido, uma serelepe, cujos pelos úmidos, naquela noite sem lua, lembraram uma sereia. Ao sol, a cabeleira dela faria sombra fresca e perfumada. Mas isso ele desfrutou apenas de passagem.
Os irmãos Kid e Cid – suprafôlego do The Black Mouse ­– catavam os grãos de areia que há nas notas de Samba pa ti. E o tempo escorria santanamente. E a noite era só o brilho das estrelas esparramadas na lagoa. Ela sorriu; ele não estava bem, o sorriso pegou-lhe de raspão, roçou a pele e se foi; ademais, ela estava acompanhada de uma marta – este animal que está fora da árvore do mundo, esta fuinha.
A imagem de sereia era mais forte, e a marta patrocinava um buraco-negro por onde iam e vinham delinquir brasileiros e castelhanos. A benevolente Merin quase engasgava com tanta fumaça de cigarro - ele fumava, Ela fumava, eles fumavam, elas fumavam, isto e aquilo fumavam. Era bacana fumar, então. Tudo era uma fumaceira.
Algum relógio interno o empurrou para perto de uma janela. A brisa do lago e o ar fresco da noite entraram pelo nariz. Ele forçou a inalação para ver se acostumava, mas algo lhe esverdeou o olhar. Sentiu que baqueava, tateou o rebordo da janela – ocorreu-lhe saltar para fora, pra não fazer feio. Ele sabia que era dado a longos torpores e a fruir sonhos paradisíacos, mas não lhe agradava que outros o descobrissem, era discreto em suas pequenas neuroses, pois era preciso esmaecer o porte estapafúrdio. Foi quando viu pela segunda vez o sorriso dela, agora próximo. Ela estava ali, sozinha. Sorria e trazia um cigarro apagado entre os dedos. “Um esquilo com sua noz”. Tinha um crispar de mãos quase vegetal. Ele sacou fósforos do bolso da jeans. “Não, não, eu quero o fogo verdadeiro. Vamos sair, desse lugar.” Ela disse.
L. B. concluiu que ela não percebera que ele estava de capa caída. Tratou de se recompor. Porém, em seguida atualizou-se: aqui no Uruguai, não posso me descuidar. “Se ela estiver sendo assediada por um do tipo “no te oigo!”, não tem lero, tô ferrado.” Num átimo seu Quixote falou mais alto, envergonhou-se daquela fraqueza, e disse: Ok! Vamos!
Saíram tranqüilos pela porta, abandonaram a faixa de luz da entrada e em seguida estavam caminhando na estrada arenosa. Só/ébrio ele, mais uma vez, ponderou suas fraquezas; para onde levá-la, só o que tinha era um lugar na barraca cazumbi, onde algum bilontra da tripulação galiléia certamente já se recolhera; sabia do perigo que era a banda da lagoa. Desta vez não chegou a valer-se do espírito manchego que a tudo redimia; enquanto caminhavam, Ela finalmente acendeu o cigarro com o fogo essencial e ele foi arrebatado por outra realidade.
Tudo escureceu ao redor, tornou-se ainda mais escuro; quando a escuridão era completa, alguns relâmpagos ocres derramaram uma leve claridade. Com mil milhões de diabos, ali estava sua Yggdrasil, fosforescente até a medula, bem enraizada, bem copada! Furtiva, agora com sua cabeleira que fazia sombra, Ela, com gestos e feições diminutas, revoluteava em torno do Dragão; dizia-lhe coisas, porém sempre correndo e roendo uma pinha, de modo que o pobre Dragão, excitado, quase enroscava-se na própria cauda para tentar escutá-la. Quando a fera mal podia conter o fogo, que se derramava pela boca, Ela, em disparada, precipitava-se em direção à Águia. Ele a sentia no estômago e Ela já estava no peito, logo circundava o pescoço e como se fosse um gás, já estava diante da Águia a fustigar-lhe os ouvidos. Depois, movia-se, novamente para baixo, percorrendo seu caule, seus galhos, suas folhas e chegava às raízes, instigando e alevantando o Dragão. Era uma intrigalha projetada, minuciosamente arquitetada por Ela e que o confundia todo. Nada mais fez sentido, L. B. cofiou a penugem sob o queixo com a ponta dos dedos magros, depois estreitou o cordão colar da camiseta interior – apalpava-se para tentar reconhecer o gaúcho que era. Soprou nele um lirismo desesperado: Não sou nenhum sacristão, mas esta Teiniaguá me enfeitiçou. As ideias colidindo com os apetites. Yggdrasil, Águia, Dragão, Ratatoskr. Faltava-lhe o ar, ele sentou em uma pedra e dali viu um mundo acima de sua cabeça e outro abaixo da pedra, olhou ao redor e desfaleceu. Acordou com um borrifo de água mineral no rosto. Ela seguiu falando de maneira arquitetada, usando as palavras como se projetasse uma habitação impossível de ser concebida, ou pelo menos ele não conseguia se representar, mas estava aliviado. De alguma forma, Ela fizera uma mediação para a travessia – ah, agora sim L.B. entendia, Ela falara o tempo todo de uma ponte, que tanto une quanto separa.
Enfim, à frente de uma pequena casa, com uma única porta e uma única janela, à beira do principal acesso ao balneário, Ela disse: “Quero me entregar a ti, por que tu me pareces justo com quase toda a gente, e se eu não o fizer assim, tenho medo de me arrepender pelo resto da vida.” Estendeu-lhe os braços, disse uns sins e uns nãos. Quando ele a conheceu Ela estremeceu com medo de que, mais uma vez, ele não retornasse de sua pequena morte.
Já era a alba, ele vadiou um pouco pela orla do lago e depois encafuou-se na barraca galiléia.


Sérgio B. Christino

terça-feira, 27 de março de 2012

Sábado, 31 de março, Jairo Lambari Fernandes em Arroio Grande



Nascido em 13.07.67, Jairo Alvino Fernandes, o Lambari, teve sua infância na mesma cidade onde nasceu, Cacequi, RS. Morou durante 6 anos no interior de Cacequi trabalhando como peão de campo, na localidade do "Macaco Branco", na granja Sta. Terezinha onde foi descoberto por Joarez Fialho o qual apresentou Jairo para Jaime Brum Carlos que o levou para seu primeiro Festival Nativista na cidade de Santa Maria, na 14ª Tertúlia Nativista. 

Desde então, vem obtendo premiações em diversos festivais, nos quais se destacam o 1º lugar no Minuano da Canção Nativa, 1º lugar no Ponche Verde da Canção Gaúcha, 1º lugar na Sapecada da Canção Nativa e vencedor da linha Livre da XX Califórnia de Uruguaiana. Conquistou o Troféu Revelação da Música Regional no prêmio Açorianos de música no ano de 2001. Possui três CDs gravados Intitulados: “De Flor e Luna”, “BuenaVida” e “Cena de Campo”. Conhecedor da lida campeira vem retratando em seu trabalho a vida do homem do campo, mas nunca esquecendo o romantismo do homem rural, marca registrada de sua carreira.


O QUE : Show com Jairo Lambari Fernandes
QUANDO: 31 de março as 21 horas
ONDE: Restaurante do Sindicato Rural de Arroio Grande

Audiência Pública discute implantação de Escola Técnica Binacional em Jaguarão


Prof. Ricardo P. Costa- futuro diretor do IF-Sul Jaguarão - Foto Fernanda Cassel


A Prefeitura Municipal de Jaguarão tem intensificado a mobilização em torno de uma ação que vai transformar para melhor a vida de muitas pessoas na fronteira: a implantação da escola técnica binacional em Jaguarão.

Na quarta-feira (21), no Auditório da Unipampa, foi realizada mais uma audiência pública para discutir o tema. A atividade contou com a participação especial do Professor Ricardo Pereira Costa, atual diretor do Campus IF-Sul Camaquã e futuro diretor do Campus Jaguarão, conforme anúncio oficial do Reitor Antônio Brod.

A cerimônia de abertura da audiência contou com as presenças do Prefeito Cláudio Martins, da Secretária de Educação, Maria da Graça Souza, do Presidente do Legislativo, Ênio Rigatti, do Diretor da Unipampa Jaguarão, Maurício Vieira, da Presidente do Sindicato dos Professores Municipais, Maria Túlia Arence e da Presidente do Conselho Municipal de Educação, Ana Helena de Ávila.

A Secretária Maria da Graça falou sobre o trabalho que a Secretaria de Educação vem realizando na parceria deste projeto e enfatizou os benefícios que Jaguarão terá com a implantação da escola. “Nossos jovens não precisarão mais colocar a mochila nas costas e ter que buscar qualificação em outras cidades. Eles irão encontrar essa oportunidade de educação profissionalizante aqui, irão garantir seu futuro, contribuirão com a vida de suas famílias e certamente com o desenvolvimento do município”, colocou Maria da Graça lembrando também que hoje Jaguarão comemora o crescimento da Universidade Federal do Pampa e possui um pólo da Universidade Aberta do Brasil.

Para o Prefeito Cláudio Martins é uma grande alegria poder ver o crescimento deste projeto que a cada dia vem se fortalecendo ainda mais. “ É uma satisfação saber que o Ricardo será o futuro diretor do Campus Jaguarão. Ele é uma pessoa de extrema dedicação no que faz, tem uma trajetória de sucesso  e sabemos que ele está comprometido e trabalhando firme neste processo de implantação da escola técnica binacional em Jaguarão”, afirmou.

Cláudio Martins ainda salientou o importante envolvimento das instituições uruguaias e dos dirigentes do IF-Sul, assim como a mobilização da sociedade que é fundamental neste processo. “Nós vamos continuar com um ritmo forte de trabalho sobre esse tema, pois acreditamos que esse projeto é de fundamental importância para o desenvolvimento da nossa fronteira”.

Após o encerramento da cerimônia de abertura o Professor Ricardo Costa fez uma breve apresentação do IF-Sul e mostrou um vídeo em que o público visualizou a consolidação do campus Camaquã e a qualidade dos projetos desenvolvidos, que têm ganhado destaque nacional e internacional.

Sobre o campus Jaguarão ele afirmou que o mesmo faz parte de um plano de ação do Instituto e possui um cronograma de ações. O trabalho das equipes, que está em andamento, já resultou em uma pesquisa prévia sobre o perfil local e dentro de duas semanas já deve estar com uma prévia do levantamento feito no Uruguai.

Hoje Jaguarão faz parte da terceira fase de expansão, junto com outros três municípios que já estão confirmados para receber as escolas técnicas federais.

Também prestigiaram a audiência o Juiz Dr. Cleber Fernando Pires, os vereadores Ariom Moreno e Oberte Paiva, a Diretora da Escola Técnica de Rio Branco, Sandra Garati, os Secretários Municipais, Paulo Vieira (Desenvolvimento Econômico), Alencar Porto (Cultura e Turismo), Lisandro Lenz (Desenvolvimento Rural), Patrícia Cunha (Fazenda) e Marcelo Victória (Ciadania), representantes de diversas instituições de ensino do município, entre outros.

domingo, 25 de março de 2012

sábado, 24 de março de 2012

Instituto Histórico e Geográfico de Jaguarão visita obras do Centro de Interpretação do Pampa



Representantes do Instituto Histórico e Geográfico de Jaguarão (IHGJ) realizaram visita às obras do Centro de Interpretação do Pampa (CIP) e compartilharam informações com a equipe técnica. A visita ocorreu no dia 12 de março. Segundo o historiador do Campus Jaguarão, Alexandre dos Santos Villas Bôas, os visitantes foram acompanhados por ele e pela arquiteta da Pró-Reitoria de Obras e Manutenção (PROM) Daniela Vieira Goularte no passeio no canteiro de obras, com a intenção de informar e integrar a comunidade do processo de preservação do patrimônio cultural constituído pelas ruínas da antiga enfermaria militar. 

Na ocasião, os integrantes do IHGJ foram recebidos pela arquiteta Sonia Alves, da Marsou Engenharia, empresa executora das obras, que fez uma breve explanação sobre o trabalho desenvolvido e respondeu a questionamentos dos visitantes. Alexandre relata que o presidente do IHGJ, José Domingos Caetano, e os confrades do Instituto destacaram a importância dessa obra para a cidade de Jaguarão, na visão da preservação do patrimônio cultural da antiga Enfermaria Militar, agora com novo uso e fomentador da cultura e turismo. 

Os membros do IHGJ também disseram guardar no Instituto a placa de mármore com a inscrição contendo o nome do construtor da enfermaria, que estava afixada no frontão da fachada e foi retirada para evitar depredações. Os visitantes se comprometeram a devolvê-la ao seu lugar assim que a obra estiver concluída. 

Ao final, foi realizado um percurso nas ruínas em que alguns integrantes do Instituto puderam relembrar momentos passados em que tiveram contato com a enfermaria militar onde inclusive serviram como soldados do Exército Brasileiro, fornecendo detalhes do funcionamento da rotina daquele local. 

Com colaborações, Heleno Nazário para Assessoria de Comunicação Social (Informações e fotos por Alexandre Villas Bôas)
Fonte: http://porteiras.unipampa.edu.br

sexta-feira, 23 de março de 2012

Às Domitilas do mundo inteiro



Andes, Domitila do Brasil!
(Tributo às genuínas Domitila’s Barrios de Chungara’s)

Bolívia
Não é rima. enquanto
For dominada pelas elites
Gananciosas e exploradoras.
Nunca tive certezas
Mas conheci este país;

Se me deixam falar...”
Operários em fila,
Gado no corredor
Dos matadouros
Das minas de cobre.

Bastou surgir uma mulher
Que se indignou
Contra esta repugnante situação:

O gado, operários
Mortos ali, estáticos e oprimidos
Rebelaram-se;

Primeiro contra esta mulher,
Que invadira o “espaço” masculino.
E ela os convenceu que Homem e Mulher
São diferentes, mas iguais.

SIGLO XX, mina morte,
Onde a vida se destila;
Ela , Domitila:
De Barrios, de ferro, cobre
De aço, mulher guerreira,

Lapidou-se nas lutas,
Prisões, torturas, (pancadas que a
Fizeram abortar),
Filhos arrancados
Do ventre nas cadeias...

Eu tenho uma Domitila
Em minha vida.
Aliás, tenho várias
Domitilas...

Alegres, tristes, inconstantes,
Amantes, fabricantes de estrelas;
Domitilas falantes, inteligentes,
Sonhadoras
Capazes de inundar rios e mares
Com lágrimas da mais
Pura poesia.
Lembrei-me então
De uma filha da vida;

De nossas vidas Denise,
A Domitila de amor,
De carne e osso,
De barro, de cobre, diamante,
Ouro, de estrelas.

A mulher de um futuro sem
Opressão, sem machismo, livre
Como a brisa;
Ela, que Chungara um dia
Em nossa felicidade!

Elder Pacheco ( abril de 1990)
Não sem razão homenageamos esta guerreira dos Andes batizando nossa filha com o nome Domitila de Paulo Pacheco.
A conheci numa atividade no Sindicato dos Mineiros de Nova Lima/MG do qual fui Assessor, anos 80. O mundo perde uma de suas maiores expressões exatamente no pós oito de março, apesar das lutas feministas terem começado bem antes daquela tragédia imposta pela burguesia naquela fábrica de tecidos nos EUA.

É com pesar que também comungo com esta notícia. Contudo, foi esta mulher nas minas de cobre Siglo XX que rompeu a barreira do machismo dos mineiros rudes, quando numa greve, ela organiza suas companheiras em solidariedade aos maridos, irmãos, filhos, companheiros, contra a repressão que ameaçava matar milhares dos grevistas. Eles não se quedaram. Ao verem aquelas mulheres aguerridas dispostas a tudo pela justiça.
VIVA A DOMITILA! Viva as Domitilas do mundo inteiro!

Elder Pacheco

quinta-feira, 22 de março de 2012

Brasas del Tiempo - Carolino Correa



Es una recopilación de textos y canciones de mi autoría que de alguna manera he logrado dar forma hasta el momento. La mayoría tiene al comienzo, una pequeña reseña donde "explicamos" los momentos y motivos que nos llevaron a escribir cada una de ellas. 

Hemos reservado en nuestro pequeño libro, un "rinconcito" para textos de algunos amigos que a nuestro entender, lo tienen más que merecido....Lalo Larregui, Eduardo Fabra, Yordi Cossio, Sergio Iguiní, y del inolvidable "Grillo" Fernandez.

El libro puede ser adquirido en Rio Branco en los siguientes locales: Librería AURORA, Librería JUANA DE AMERICA, VERLA INFORMATICA, Provisión "LOS TALITAS". Podrán comunicarse además mediante correo electrónico a nazarcaro@hotmail.com.

Carolino Correa

O  amigo e grande músico fronteiriço Carolino Correa lançou no dia 20 de março em Rio Branco seu livro Brasas del Tiempo. Aguardamos o Lançamento em Jaguarão! 

Para ver mais sobre o lançamento visite http://centromecriobranco.blogspot.com.br 




quarta-feira, 21 de março de 2012

Audiência Pública discute implantação de Escola Técnica Binacional em Jaguarão nesta quarta-feira


A Prefeitura Municipal de Jaguarão convida a comunidade da fronteira Jaguarão-Rio Branco para participar da Audiência Pública que irá discutir a implantação da Escola Técnica Binacional no município.

A atividade que está marcada para quarta-feira (21), às 19h, no Auditório da Unipampa, vai contar com a presença do futuro diretor do Campus Jaguarão, Professor Ricardo Pereira Costa.

Entre os assuntos em destaque estão a apresentação do IF-Sul, a consolidação do Campus Camaquã, que atualmente é dirigido pelo Professor Ricardo Costa e o processo do futuro campus Jaguarão.

Outras informações podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Educação ou pelo telefone 3261.2003.

Sancho e a beatitude do instante



Roliça modorra

E só uma cigarra

A louca da mata
Berra engolindo
O som dos outros cantos

Único mantra!
Salso chorão.

Sérgio B. Christino




terça-feira, 20 de março de 2012

Reabertura do Sarau Poético-Musical da Bibliotheca Pública Pelotense (BPP)

Maria de Fátima Bento Ribeiro conversará sobre Adélia Prado 

Após o recesso de verão , retorna no dia 27 o Sarau Poético-Musical da Bibliotheca Pública Pelotense (BPP). A XIX edição do projeto iniciado em maio de 2010 mantém o modelo que intercala música e poesia recitada e, na abertura, apresenta uma breve fala sobre o autor em destaque. Com eventos mensais - sempre na última terça do mês - o projeto tem , como regra, quatro autores-poetas e um músico ( ou grupo)da cidade e região como convidados . Inicio às 19:30 horas, no salão térreo da Bibliotheca. Entrada franca.

CONFIRA

O QUE- XIX edição do Projeto Sarau Poético-Musical BPP.
QUANDO E ONDE: 27 de março de 2012, no salão térreo da BPP. Entrada franca. Inicio às 19:30 horas.

CONVIDADOS

Autores-poetas
Gilnei Oleiro Correa
Maria Amália Camacho
Rochele Vale
Wladimir de Melo Walerko

Música
Grupo "Solidão Povoada"
Matheus Sacramento: Viola
Maurílio Almeida: Voz e violão
Sérgio Madeira: Voz e violão

Poeta em destaque
Adélia Prado

Conversa sobre a autora destacada
Maria de Fátima Bento Ribeiro

Parceiros Institucionais
Confraria dos Poetas de Jaguarão
Faculdade de Educação / UFPel
Faculdade de Letras / UFPel
Instituto Estadual de Educação Assis Brasil
RádioCOM.104.5FM

Realização
Bibliotheca Pública Pelotense

Coordenação Projeto Sarau Poético BPP
Daniela Pires de Castro
Getulio Matos
Mara Agripina Ferreira
Pedro Moacyr Perez da Silveira

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mar de Brasília



Belíssimas Imagens feitas pelo meu  Brother William Serafim, planando nos céus de Brasília a bordo da sua máquina de voar, o parapente. A música incidental do vídeo é  Mar de Brasília, de autoria de Engels Espíritos. 


Acesse http://www.engelsespiritos.com.br/sitio/inicial/ e baixe os CDs gratuitamente.


Mar de Brasília - (Engels Espíritos)

Olhe para o céu e veja o mar azul
Olhe para o céu e sinta a imensidão azul
Veja a explosão de ondas brancas
Meus olhos se perdem em tamanha beleza

Dos quatros cantos da cidade, você vê o horizonte...
A terra que piso é da cor do meu sangue
Na mistura de um povo ,idéias e tribos
Aqui tudo é plano mas as arvores são tortas
E Deus escreveu certo no vislumbre do profeta (Dom Bosco)

Abrindo os braços e com as asas da cidade
Faço um mergulho profundo no mar de Brasília
Em um crepúsculo de um céu artista, em um oceano que inspira.
O nosso mar é o céu, mergulhe nas nuvens,
Se perca nas cores, viaje nas luzes

Mulher, menina dos meus olhos
Suas formas voluptuosas, arte-textura de um Oscar
Passeando por suas belas curvas, pistas que aceleram o meu coração
Menina, mulher do meu país, faz o meu povo decolar
Você é um avião !

Cai a noite, um oceano de estrelas
A lua cheia no lago é a nossa sereia
Vivemos como poucos, místicos, poetas e loucos
Buscando nas festas, a diversão de suas noites perfeitas
E o céu na tormenta das luzes é o astro que nasce

Abrindo os braços e com as asas da cidade
Faço um mergulho profundo no mar de Brasília
Em um crepúsculo de um céu artista
Em um oceano que inspira, o nosso mar é o céu,
Mergulhe nas nuvens, se perca nas cores, viaje nas luzes


sexta-feira, 16 de março de 2012

Grande mobilização a favor da democracia e do mandato do Prefeito Cláudio Martins marcou a noite de ontem em Jaguarão

A opinião pública repudia o golpe e quer o respeito à democracia



A noite de 15 de março de 2012 na cidade heróica vai ficar marcada como a data em que o povo saiu às ruas para defender a democracia. Em torno das 20:30h centenas de pessoas aguardavam a chegada do Prefeito Cláudio Martins na Av. 27 de janeiro esquina BR 116. O ato além de representar apoio ao Prefeito também manifestava repúdio à política exercida pela maioria opositora da Câmara de Vereadores, que pretendia a cassação do mandato do chefe do Executivo.

Como forma de protesto muitos cidadãos saíram em caminhada pela Av. 27 de janeiro com gritos de ordem, como “o povo unido jamais será vencido”, mostrando toda sua indignação e força popular.

Sensibilizado com a quantidade de pessoas e com a pluralidade das manifestações de apoio que vem recebendo ao longo desse processo, o Prefeito Cláudio Martins ressaltou que essa mobilização não é apenas em defesa do Prefeito e sim em defesa da democracia. “Estamos recebendo apoio de diversos setores da sociedade jaguarense e da região. Essa mobilização é em defesa da história de Jaguarão e da democracia. Pessoas de diversas posições partidárias ou sem nenhum vínculo político têm manifestado apoio, pois entendem que há excessos neste julgamento. Houve sim equívocos administrativos que tão logo identificados começaram a ser apurados através de um processo administrativo especial”, conta.

Nas últimas semanas as manifestações em defesa do mandato do Prefeito se intensificaram. Nas redes sociais, por exemplo, muitos compartilharam o Manifesto em defesa à democracia e ao Prefeito Cláudio Martins, ( CLIQUE AQUI PARA ASSINAR) publicado pelo blog Confraria dos Poetas de Jaguarão e que já conta com centenas de assinaturas, no site Petição Pública.

A possibilidade de julgamento do Prefeito marcada para a tarde de sábado (17), pela Câmara de Vereadores, foi inviabilizada devido a decisão do Judiciário, na manhã de ontem (15), que concedeu medida liminar em Mandado de Segurança e suspendeu os trabalhos da comissão processante que pretendia a cassação.

No creo en brujas...

Momento histórico de Jaguarão relembra Campanha da Legalidade

            Podemos entender política pública como aquela que tem por fundamental papel o fortalecimento e a expansão da autonomia dos sujeitos na sua cultura popular, com a possibilidade de intermediar, satisfazer e garantir a manutenção e o desenvolvimento da autonomia dos indivíduos, permitindo a capacidade de participação, como medida protetora da inserção social.

É por demais óbvio que a participação social e a libertação do ser humano perturbam em demasia e/ou trazem irreparáveis prejuízos aos sentimentos oposicionistas e opressores arraigados no âmago histórico de um determinado grupo específico de pessoas, que sempre usaram como táticas governamentais procedimentos escusos. É árdua a tarefa quando da compreensão do justo e injusto, já que este objeto justiça, é objetivo por demais.

Neste processo que ultimamente vem monopolizando as atenções da comunidade jaguarense, pensamos em justiça, e queremos, muitas vezes, que as subjetividades reais sejam evidenciadas. Ocorre que, nesta esteira, os mecanismos, as relações de desejo e poder e os interesses são muito mais amplos, presentes e complexos, sendo assim, muitas vezes, usados com estratégia das obscuras forças.

A implementação da política pública, democrática e concenciosamente escolhida pelo povo do município de Jaguarão, nas últimas eleições, no ano de 2008, é um projeto do povo e um desejo de todos(as) de ser realmente efetivada, como via das necessidades sociais.

O povo jaguarense não pode estagnar frente aos julgamentos do poder, sem ponderações (oposição). Ante ao contrário, devemos nos permitir ir além desse impasse que, em alguns momentos, não condiz com a realidade dos fatos. Caso contrário, estaremos fadados e condenados por práticas oposicionistas no uso de aparelhos de sufocamento e aniquilamento de nós, homens e mulheres jaguarenses, contendo, assim, os interesses sociais.

Ainda há grandes desafios e avanços a serem criados e, para isso, penso que necessitemos de igual disposição para fazermos acontecer, de fato, um processo democrático, no qual todos(as) possam ter acesso, se expressar, e onde o caráter e a dignidade do sr. Prefeito Claudio Martins sejam resguardados e assegurados, protagonista ele de um novo olhar de política pública e de defesas de direitos, com os mecanismos do Estado Democrático de Direito.

Portanto, precisamos nos instigar, e romper com o propósito revanchista dos opositores, para que possamos seguir vislumbrando uma perspectiva de política pública como seguridade social e direito de cidadania ao nosso povo, através dos canais institucionais de participação social.

Raquel C. Moreira
Mestre em Políticas Sociais, assessora jurídica, pedagoga, psicopedagoga, mãe, mulher, JAGUARENSE.


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