terça-feira, 31 de agosto de 2010

SUPLEMENTO CULTURAL MARCO ZERO


Artur Montanari é dono da Livraria Marco Zero em Santana do Livramento e está editando um Suplemento Cultural que sai com o noticioso local, artigos, contos.

Visite ! Vale a pena!

Pode ser lido no formato jornal na página "http://www.readoz.com" é só buscar por Marco Zero que aparecerão as publicações de julho e agosto.

Contribuição : Raúl Boeira

POEMA DE AMOR E SONHOS ( em sombras ) Nº 01

Foto J. Passos

Às vezes quero apreender o inapreensível,

então preciso de elementos intermediários;

mas só tenho detalhes pobres,



MAGNÉTICOS,



mas intermédios,

pobres.

E com isso não posso traduzir nada.

São só iscas.



E com isso me afasto...


Então, eu sonho...

(Sonhar é tradução?)



- Sonho!

Agora! e já é tudo fluxo,

córrego,

filme trôpego, ...!

Meu veículo é pura dominância,

Veloz,

Indômito ( trincado, rilhado, tatuado

pelo código esse,

que digo incognoscível).



EH! Vamos!



Agora estamos,

Eu com meu nós,

Tu, com o teu vós ( porém, nua, diáfana e inerme),

estamos juntos, vamos juntos,

Mas não somos juntos,

eu sou nós, tu és vós, e vamos...

velozes, felizes mas presos,

mesmo indo, estamos presos;

À volta de nós, tudo é escuro, sombrio.

Perto de nós (de mim e de ti), uma aura dourada.

Tu me mostras, em ti, a ferida aberta pelo meu nós,

- teu sangue,

e quando vou assumí-lo,

Imprimes em mim teu beijo quente;

Tatuagem de ânsias!

que acolho antecedendo um gozo transcendente

que não se perfaz,

que se desfaz ante a milhões de comprometimentos...



Sérgio Christino

"DA MESMA RAIZ" NA LIVRARIA CULTURA

Lançamento do Cd “DA MESMA RAIZ” com pocket-show e sessão de autógrafos.

Canções de Martim César, Alessandro Gonçalves e Paulo Timm
Interpretação de Marco Aurélio Vasconcellos

Instrumentistas: Ewerson Maré, Alessandro Gonçalves, Paulo Tim e Carlito Magallanes.

Sexta-feira, 3 de setembro às 19h

Local: LIVRARIA CULTURA do Bourbon Shopping Country - Mezanino
Endereço: Avenida Túlio de Rose, 80 - Passo d’Areia - Porto Alegre/ RS

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Exílios

Série Filmes da Confraria.

Filme maravilhoso de Toni Gatlif, autor também de Transilvania.
Premio melhor diretor Festival de Cannes 2004.
Viagem caminante do músico Zano e de sua companheira Naima, saindo de Paris , atravessando a França, Espanha, clandestino num navio no Mediterrâneo para chegar à Argélia.
Reconstruindo ao contrário o caminho do Exílio. Um reencontro com o passado e consigo mesmos.

Zeca Baleiro em Pelotas

Teatro Guarani. 19 de agosto de 2010.

Trio Baru, de Brasilia, abertura do show . Excelente música instrumental. Foram muito aplaudidos em Pelotas. Valeu a pena assistir.



Zeca Baleiro. Show nota 1000! Valeu!


Fotos e texto : Contribuição Mariangela Venzke - Pelotas

sábado, 28 de agosto de 2010

A fresta

Foto Raúl Garré


Um momento...
Um sorriso por dentro,
O norte, um pouco de sorte,
De esperança e de sofrimento.

Uma pequena fresta na janela,
Única,
Sensível,
Voraz.

Um feixe de luz,
Uma brecha pra quem sabe,
Ver além,
Sonhar com alguém,
Se enganar.

A sombra transitória transita,
Efêmera como qualquer ação,
Abstrata sem saber,
Sem querer,
Sem mesmo ser.

Sua pele macia,
Lembra uma triste poesia.
Olhos fechados, leve respirar,
Expandir, deixar acontecer, levitar.



Daniel Moreira

VÊNUS - MOSKA

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

VIDA DE CONSULTOR



ENQUANTO A NOITE
E O ORVALHO DEITAM SOBRE A RELVA,
SIGO RESPIRANDO O SILÊNCIO
E A POEIRA DO ESCRITÓRIO.

MEUS OLHOS EMBAÇADOS
DE RIOS E CÓRREGOS
ACOMPANHAM CANSADOS
O VÔO DO CURSOR.

MEU CORPO, DEBRUÇADO
EM MESAS E PAPÉIS,
VIAJA, QUASE ALUCINADO,
VOANDO SOBRE O MONITOR.

E ASSIM, MEIO ENTOCADO,
VÔO SOBRE MINHA TERRA.

QUE TRISTE MARAVILHA
VIAJAR COMO UM PÁSSARO
CONFINADO NA MADRUGADA.


Rafael Cabral Cruz
São Gabriel - RS

O Rafael é um grande amigo, fez parte conosco do grupo Sant'Oficio.
Atualmente está radicado em São Gabriel onde faz parte da Confraria da Feira que está publicando um livro de poesias.

Leia mais sobre a obra de Rafael:
http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=31842


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

XADREZ- Uma Equipe quase invencível !



A UN EQUIPO CASI INVENCIBLE


Cavilando, revolvió con un alfil el café,

De repente, prenunciando el gran ataque

Sin titubear, exclamó bien alto, casi en pié,

Donde está tu rey pá darle un jaque!


Al lado, los caballos parecian hacer arcadas,

Temblorosas manos se hundian en el vacío,

Damas volaban, el peonaje en lucha encarnizada,

Asombrosa batalla entre el Maestro y Rock en Rio!


Al otro costado, olor a pólvora, canõn y dinamita.

Detrás del muro de piedra, una bala en la cartuchera,

espetáculo feroz, Paulinho, mirada fija como un Cita,

Defensor inquebrantable, más que un titán de la frontera!


Adelante, cual Saladino entrando em Navarra

Impasible , masacrando y varriendo adversário,

Veíase a Luis Garcia, el moro con su cimitarra,

Singrando diagonales, de tablero y mar corsário!


Fúria desatada, entre lo blanco y lo negro, reyes

en desespero, avalancha, entrevero, malón!

Una epopeya, torres tiradas por mil bueyes!

Se presenta ante ustedes, el equipo de Yaguarón!


Jorge Passos


À Velha Guarda, origem do xadrez em Jaguarão, na sede do Cruzeiro na Rua XV: Jorge e Aldo Pagliani, Álvaro Lopes, Meroni, Cassuriaga, Pepe, Carlos Azambuja, entre outros.

A todos os companheiros das aventuras do xadrez em Jaguarão: Cuello (el maestro y Mauricio), Paulo Dutra, Luis Garcia, Vilmar ( e o filho do Vilmar), Rudi, Cleber, Deco, Derly, Tomate, Mário Cerqueira, don Angel, João Batista, El Comisario Garcia e todos que não me recordo agora.

À gurizada da escolinha de Xadrez: Helenilton, Guzmán, Ismael e Laerte, Telmo Caetano, Vaca, Mauro, Joaquim Vitória, Fabricio .

Aos presidentes da ACJ que na época deram todo o incentivo ao depto. de Xadrez: Ismael, Edmundo, Bira, Walmir.

A todos os amigos que fizemos no Uruguay , no Rio Grande do Sul e no Brasil, nas nossas andanças ajedrecisticas!


PS: O Mário Cerqueira me recordou o nome de outros grandes incentivadores do xadrez em Jaguarão: Valdir Balbi de Castro, O Capitão Wolff da marinha e o Arno Raab.


Da esq. para a dir: Seu Jorge Pagliani, eu , Maestro Cuello, Luis Garcia, Paulo Dutra

Dançar também é Poetar!


Nesta sexta, em Pelotas,

Beatles para dançar no João Gilberto

apoio cultural: pimenteroproducciones

ingressos antecipados sempre custam menos e podem ser adquiridos no local

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Naquela noite no Bar da Zê

A Nau da Confraria
Naquela noite
Em uma taberna do mediterrâneo
Um escritor manco embriagou-se
E começou a rir
E riu-se tanto sem dizer a razão
Que a sonoridade dos seus risos
Atravessou o mar

Um poeta caolho
Talvez compreendendo aquele riso
Pediu licença
Sentou-se à mesa do escritor
E, em vez de rir,
Começou a recitar poemas
E recitou-os tão alto
Que a sua voz se fez ouvir
Do outro lado do oceano

Timidamente
Um homem por trás dos óculos
Aproximou-se
E, sem pedir licença,
Tomou assento junto aos dois
Mas este último
Diferentemente
Não bebeu nem falou nada
Tampouco aparentava algum defeito físico
Somente causou estranheza
Quando começou a escrever sem parar
E mais estranheza ainda
Porque a cada texto que escrevia
O seu rosto
Já não parecia ser o mesmo.

No final daquela noite
O garçom
Que fora apelidado de Colombo
Apanhou as inúmeras folhas
Que os seus insólitos fregueses
Deixaram
E com elas fez barquinhos de papel
Que foi jogando, um a um,
No mar.

A última nau
A mais acabada
Embandeirava um nome no seu casco: 
Confraria.

Martim César Gonçalves

Na noite do dia 16 de março de 2004
A Confraria dos Poetas de Jaguarão
Disse não à televisão!

Edson Martins

Ao Bar da Zê

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Saudades do Sul !


Foto J. Passos


O sol se põe nos cantos distantes,

Presente mesmo a saudade,

Dos campos que não mais piso,

Hermanos longe... sorrisos


Fizemos histórias e histerias, sinceras ,

Pequenas guerras, grandes batalhas.

O coração na mão, na outra a espada.

Fizemos barulho e ... silêncio ... também.


Também nasce o Sol aqui, mas sem a luz

Que brilha nas paragens de Martin Fierro,

Sem calor de amigos dos lados do sul.


Fábio Oliveira

Vitória - ES

OLHARES DE FRONTEIRA

Publicamos convite da Prefeitura Jaguarão - Secult para participação neste importante evento para a cultura da região de fronteira

A COMISSÃO CULTURAL DAS CIDADES DE FRONTEIRA BRASIL-URUGUAI, CONVIDA PARA A CONFERENCIA DE CULTURA DA FRONTEIRA E SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO CULTURAL BRASIL- URUGUAY: OLHARES DA FRONTEIRA , A REALIZAR-SE NOS DIAS 29 E 30 DE AGOSTO, NAS CIDADES DE RIO BRANCO (UY) E JAGUARÃO/RS.



Estas atividades são continuação do processo iniciado em Santana do Livramento,quando municípios, departamentos e alcaldias da zona de fronteira começaram a construção do conteúdo a ser contemplado em um acordo binacional de cultura.


É de extrema importância à participação das cidades neste evento, tanto de seus agentes governamentais como de integrantes da sociedade civil.


INFORMAÇÕES E CONFIRMAÇÕES:

JAGUARÃO:

EMAIL: SECULT.PMJ@GMAIL.COM

TEL: (53) 3261-5100



REALIZAÇÃO: COMISSÃO CULTURAL DAS CIDADES DE FRONTEIRA BRASIL-URUGUAY


ORGANIZAÇÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARÃO, ALCALDIA DE RIO BRANCO, COMISSÃO BINACIONAL DE CULTURA JAGUARÃO/RIO BRANCO E UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA.


APOIO: MINISTÉRIO DA CULTURA DO BRASIL E MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA DO URUGUAI

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Yerba Armiño - Homenaje a Cerro Largo



Belo vídeo com imagens de Cerro Largo, departamento uruguaio formado entre outras pelas cidades de Melo (capital ) e Rio Branco, fronteiriço com Jaguarão e Bagé.


Somos de Cerro Largo tierra arachana

Una gran familia que siempre se abraza

De mates en el parque y mates en la plaza

Mira que será linda que hasta vino el Papa


Somos uruguayos en Rio Branco y Melo

De la fontera cruzo hoje y vengo

Vivimos misturados con los brasileros

Hablamos portuñol y nos entendemos


Qué linda y que nuestra es esta tierra hermano

Que linda es Juana mi America

Como no hay otra como no hay ninguna

Tan linda y tan grande como la laguna


Somos arachanes y su sentimiento

Que todos tenemos y llevamos dentro

Todos en el parque meta mate y termo

Somos arachanes y nos conocemos!

MIRANDO AL SUR


Foto J. Passos


Si debo confesarte lo que siento,

si tan sólo te importa la verdad,

diré que puedo hacerte un monumento,

pese a que no lo exponga en sociedad...


Bien sé yo, niña clara, que mi intento,

adolece de cierta ingenuidad,

pero prefiero el bien sin aspaviento,

a la viveza con publicidad.


Y así, mirando al sur, me he levantado,

soñando que posás frente a tu atril,

¡con un gorro coqueto, bien calado,

pintando un lienzo en mora, gris y añil!


Cuando llegue el otoño, lo pasado,

se vestirá con el oro de abril;

¡qué bien vendría un tinto madurado

entre Mendoza y el sur del Brasil!


En esos ojos de color safiro,

azules, te dirían, como el mar,

podría navegar si bien los miro,

llegando a puerto, o hasta naufragar.


¡Pintame una sirena en tu retiro,

un beso rosa, una luna de azahar,

o haceme un relicario de suspiro

que una lágrima prenda al resbalar!


Ya sé que sos, antes mujer, que artista,

pero me encanta esa feliz fusión,

¡pues no hay mortal sensible que resista

frente al misterio de la creación!


Te mando un corazón en amatista,

y algunos versos para tu canción...

¡Ni santo, ni amoral, ni moralista,

soy sólo un hombre urgido de emoción!


Dario Garcia (Uruguay)

sábado, 21 de agosto de 2010

O míope

Fábula


Era uma vez, há muitos e muitos anos atrás, um vilarejo onde vivia uma pessoa chamada Míope.


Míope era muito inteligente, mas tão inteligente, que as pessoas do vilarejo só agiam depois de consultá-lo.


Possuía um cérebro enorme e, obviamente, sua cabeça também era enorme.


Só que Míope, isso ninguém sabia, era extramemente infeliz. Sofria por possuir aquele cabeção tão grande.


Um belo dia, Míope, já cansado de toda aquela infelicidade, resolveu fazer um pedido para Deus.


- Ó Deus, Todo-Poderoso, livrai-me desse sofrimento. Essa cruz é por demais pesada para mim. Não quero mais carregá-la.


- Deus, do alto de sua sabedoria, disse-lhe:


- Míope, nenhuma cruz é tão pesada que as pessoas não possam carregá-la, até porque são feitas de material de primeira, extremamente leve, importado da China, com alíquota quase zero de Imposto de Importação. Além disso, como você deve estar careca de saber, Eu dou o frio conforme o cobertor. Nunca ouviste o Adoniran Barbosa? Nâo seja tão ... tão .... cabeçudo.


Mas Míope não se conformava, e encheu tanto o saco de Deus, que conseguiu sensibilizá-Lo.


- Ok, Míope. Você venceu. Vou atender seu pedido. Mas você sabe, tudo tem um preço.


- Estou disposto a pagar qualquer preço, Senhor.


- Então tá bom. Sente ali naquela pedra, feche os olhos e concentre-se em seu desejo, que ele será atendido.


Assim Míope fez. Concentrou-se no seu pedido e foi sentindo, aos poucos, sua cabeça começar a diminuir. Podia sentir, também, por dentro da cabeça, seu cérebro encolhendo, encolhendo, até ficar extramamente estreito.


Até que finalmente tudo parou e Míope abriu os olhos. Foi imediatamente olhar-se no espelho para ver o resultado. A cabeça havia ficado bem menor. Do tamanho normal. O seu cérebro, no entanto, ficou muito pequeno e estreito. Míope não se importou. Se esse era o preço, até que não era tão grande. E ficou feliz.


A partir daquele dia, sua vida mudou para melhor. Tinha uma cabeça normal, não sentia-se mais tão infeliz. Além disso, livrou-se da responsabilidade de ser o Consultor do vilarejo. Resolveu, assim, assumir uma outra função, agora mais de acordo com sua nova condição, mais de acordo com a capacidade de seu cérebro estreito.


Então, Míope ganhou um cargo de diretor.


Onde?


Envie sugestões meu caro leitor.


Jorge Missaggia

Hay un camino (Vidala) - Raul Carnota


Vidalita linda, indicação do Paulo Dutra da Silva

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

HÉLIO RAMIREZ - SENFRONTEIRAS

Destacamos hoje o primeiro CD do paisano Hélio ramirez, o SenFronteiras.
Trabalho de primeiríssima qualidade. Escute a música Cerro da Pólvora no player abaixo, no fim da postagem.


CERRO DA PÓLVORA (Thadeu Gomes)

Virgem Maria
Que céu bonito
Que claridade no Cerro da Pólvora
Pedreiras pedras de fogo
Luzindo no meu coração

Enfermaria abandonada
Mal assombrada sem serventia
Aqui do alto eu vejo a fronteira
A Ponte as águas do Rio Jaguarão

Em roda do Cerro da Pólvora
Porteira da Ponte Mauá
Que "adentra" pelo Uruguai

Nesta fronteira eu já fui moleque
Cresci no vento feito andorinha
Em sonhos e fantasias
andanças e temporais

Quando a saudade me atormenta
E a tormenta traz a escuridão
Ventos do sul açoitam minh’alma
Ponteios de solidão!
Para adquirir este CD entre em contato com :


Cerro da Pólvora

Clandestino - Gilberto Isquierdo e Said Baja

  Assim como o Said, milhares de palestinos tiveram de deixar seu país buscando refúgio em outros lugares do mundo. Radicado nesta fronteir...