quarta-feira, 30 de novembro de 2011

3° Feira Binacional do Livro de Jaguarão. Programação Completa



Uma semana de encontros, bate-papos, música, saraus. A literatura toma conta da fronteira Jaguarão-Rio Branco e faz deste um só espaço. Uruguaios e brasileiros reunem-se para fruir e discutir literatura.



Esta é a 3° Feira Binacional do Livro e 28° Feira do Livro da CAJUJA, que tem este ano por patrono, o autor fronteriço Aldyr Garcia Schlee. Ele que já ganhou diversos prêmios e que está concorrendo ao Açorianos com sua mais recente obra "Don Frutos", trabalha em sua escrita a magia, história e causos que se passam tanto de um lado quanto do outro da linha de fronteira. Esse é o clima que espera a todos a partir do dia 02 de dezembro. As atividades englobam diversos tipos de público, desde as crianças aos mais velhos.


A 3° Feira Binacional do Livro e 28° Feira do Livro da CAJUJA é uma realização da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura e Turismo,da Câmara Júnior de Jaguarão (CAJUJA) e conta com a parceria do Ministério da Educação e Cultura do Uruguai.

Confira a programação:

Dia 02 de dezembro:
20h abertura oficial da 3° Feira Binacional do Livro
21h

Orquesta Municipal
Arquivo Rasta
Bonde da Muvuca



Dia 03 de dezembro:
Colóquio da Feira- Casa de Cultura:
16h
Portunhol na Fronteira: Fabián Severo apresenta Noites nu norte (Artigas/Uy) e Confraria dos poetas de Jaguarão 
18h Alma basca - tudo o que tem nome existe por Ana Luiza Etchalus
Sessão de Autógrafos - Feira Binacional do Livro
19h

Alma basca - tudo o que tem nome existe - Ana Luiza Etchalus
Jardim sem muros - Antônio Carlos Marques

Shows -Palco da Feira Binacional do Livro
21h
Boró e banda
Pelo Telefone
Forró do Tchê

Dia 04 de dezembro:

Sessão de Autógrafos:Feira Binacional do Livro
19h 

Os Baobás do Fim do Mundo:trechos líricos de uma etnografia com religiões de matriz africana no sul do Rio Grande do Sul - Marilia Kosby
O assassinato de Martim César - Sidney Bretanha

Shows- Palco da Feira Binacional do Livro
21hHélio Ramirez
Luiz Marenco



Dia 05 de dezembro:

Contação de História- Feira do Livro Binacional
09h às 11h e das 14h às 16h

Sessão de Autógrafos: Feira Binacional do Livro
19h

Igreja Matriz do Divino Espírito Santo da cidade de Jaguarão - Eduardo Alvares de Souza

Shows- Palco da Feira Binacional do Livro
21h
Homenagem ao músico Edu da Gaita
Xana Gallo


Dia 06 de dezembro

Contação de História- Feira do Livro Binacional09h às 11h e das 14h às 16h
Colóquio da Feira - Casa de Cultura
18h

Conhecendo Don Frutos, exposição por Maria Eunice Moreira, PUC/RS
Presença de Aldyr Garcia Schlee

Sessão de Autógrafos: Feira Binacional do Livro
19h 
Una bandada de dados - Laura Inés Martínez Coronel

Shows - Palco da Feira Binacional do Livro
21h

Juan Schleemberg e quarteto
César Oliveira e Rogério Melo


Dia 07 de dezembro
Contação de História- Feira do Livro Binacional   09h às 11h e das 14h às 16h

Revisando o Patrimônio Cultural através dos percursos da mulher
Horário: das 14 às 17h
Local de partida: Casa de Cultura
20 vagas

Colóquio da Feira - Casa de Cultura

18h
Contos na mesa: leitura de contos dos diversos livros do patrono por
Jorge Passos
Luis Rubira
Renata Requião


Sessão de Autógrafos: Feira Binacional do Livro
19h
Pequenos escritores - Alunos da escola Muncipal Castelo Branco

Shows - Palco da Feira Binacional do Livro
21h

Sandro voz e violão
Isabel Nogueira


Dia 08 de dezembro

Contação de História- Feira do Livro Binacional 
09h às 11h e das 14h às 16h

Revisando o Patrimônio Cultural através dos percursos da mulher
Horário: das 14 às 17h
Local de partida: Casa de Cultura
20 vagas

Colóquio da Feira - Casa de Cultura
18h 

Memória e ficção na fronteira, painel com
Luiz Carlos Vaz, jornalista mediador,
João Félix Soares Neto - jornalista e escritor
Pedro Gonzaga, Poeta e Professor de Literatura
Aldyr Garcia Schlee


Sessão de Autógrafo - Feira Binacional do Livro
19h

A última temporada - Pedro Gonzaga
Na palma da mão- uns contos do sul - João Félix Soares Neto
Shows - Palco da Feira Binacional do Livro
21h

Nando e Carlinhos
Aluisio Rochemback


Dia 09 de dezembro
Contação de História- Feira Binacional do Livro   09h às 11h e das 14h às 16h

Colóquio da Feira - Casa de Cultura
18h
 
Desfrutar de Don Frutos: impressões do livro por
Washington Benavides (Uruguai)
Paulo José Miranda (Portugal)
Mediação de Aldyr Garcia Schlee


Sessão de Autógrafos - Feira Binacional do Livro
19h
A Magia das Cores - Izabel Bretanha

Shows - Palco da Feira Binacional do Livro
21h
Freak Brotherz  
Black Out
23h Especial Poesia no Bar, no Bistrô Almazen com entrada gratuita. Presença de poetas uruguaios e brasileiros

Dia 10 de dezembro
Colóquio da Feira - Casa de Cultura
15h
"De homens e de fronteiras nos tempos de Frutuoso Riveira” Professora Carla Menegat (Pelotas)
15h 40 Apresentação do livro “Visiones en Movimiento” Sra. Marisa Bentancur.16H30 Movimentos literários alternativos e independentes e a internet como ferramenta Por Brasil: Daniel Moreira, Valder Valeirão, Ju Blasina, Jorge Passos e por Uruguai Gabriel Sosa e Virginia Lucca

Sessão de Autógrafos- Feira Binacional do Livro

19h
Dos Açores ao Litoral: rastros de cultura - Marlei PolettoO Coronel é o Lobisomem e outras histórias mais misteriosas - Orli Costa

Shows- Palco da Feira Binacional do Livro
21h
Gijo voz e violão
Joca Martins
Ricardinho do Samba



Dia 11 de dezembro

Colóquio da Feira - Casa de Cultura

16h Apresentação de autores premiados do Uruguai:
Primeiro premio poesia inédita, Elbio Chítaro
Primeiro premio poesia inédita, Gerardo Ciancio
Primeiro premio narrativa inédita, Ana Solari (Alfaguara, 2011) "El Sr. Fischer"
Segundo premio narrativa inédita, Mariana Casares, "Sex shop no es pecado"
Presença dos jurados: Alicia Torres e Laura Alonso


Shows - Palco da Feira Binacional do Livro
21h
Coral Municipal
La Calenda Beat (Montevidéu)
Chimarruts


Exposições paralelas: 02 a 11 de dezembro- Feira Binacional do Livro

Fotos do carnaval 2010– fotógrafos Arthur Barcelos; Airton Diniz, Fernanda Cassel e Jorge Passos

O despertar para o Patrimônio Imaterial – Turma 21/Turismo Unipampa

A Magia das Cores – Escola de Arte Izabel Bretanha

Coisas de ontem e de hoje: Arqueologia em Jaguarão – LACUMA (Laboratório de Cultura Material e Arqueologia/Unipampa)

Entre, a Enfermaria é sua: Os usos sociais das Ruínas da Enfermaria Militar – LACUMA (Laboratório de Cultura Material e Arqueologia)


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Poeta Manoel de Barros no Cineclube Jaguarão


" Uso as palavras para entender meus silêncios."

O Cineclube Jaguarão entra no clima da 3° Feira Binacional do Livro e apresenta nesta quinta-feira (01) o filme "Só dez por cento é mentira: a desbiografia oficial de Manoel de Barros". A sessão tem início às 20h, na Casa de Cultura com entrada gratuita.


Só Dez Por Cento é Mentira é um original mergulho cinematográfico na biografia inventada e nos versos fantásticos do poeta sulmatogrossense Manoel de Barros.

Alternando sequências de entrevistas inéditas do escritor, versos de sua obra e depoimentos de “leitores contagiados” por sua literatura o filme constrói um painel revelador da linguagem do poeta, considerado o mais inovador em língua portuguesa.

Só Dez Por Cento é Mentira ultrapassa as fronteiras convencionais do registro documental. Utiliza uma linguagem visual inventiva, emprega dramaturgia, cria recursos ficcionais e propõe representações gráficas alusivas ao universo extraordinário do poeta.

Procurando resignificar às “desimportâncias” biográficas e à personalidade “escalena” de Manoel de Barros o diretor Pedro Cezar, responsável pelo roteiro e pela narração, pontua o filme com momentos de breves testemunhos ao fundo, como fizera em seu primeiro longa metragem, Fabio Fabuloso. Narrado na maior parte das vezes em tom pessoal o filme busca, sobretudo, “uma voz que aproxime-se da simplicidade e da afetividade do personagem e que se afaste da soberba e da pretensão de uma análise teórica sobre poesia no idioleto manoelês”.

Manoel de Barros tem 93 anos, cerca de 20 livros publicados e vive atualmente em Campo Grande. Consagrado por diversos prêmios literários, é atualmente o escritor brasileiro que mais vende no gênero poesia.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Programação Literária na 3° Feira Binacional do Livro



Dia 03 (sábado): 16h O portunhol na fronteiraFabián Severo apresenta Noites nu norte (Artigas/Uy) e Confraria dos poetas de Jaguarão. 

Dia 06 (terça) 18h Conhecendo Don Frutos, exposição por Maria Eunice Moreira, PUC/RS
Presença de Aldyr Garcia Schlee

Dia 07 (quarta) – 18h Contos na mesa: leitura de contos dos diversos livros do patrono por
Jorge Passos
Luis Rubira
Renata Requião

Dia 08 (quinta) – 18h Memória e ficção na fronteira, painel com
Luiz Carlos Vaz, jornalista mediador,
João Félix Soares Neto - jornalista e escritor
Pedro Gonzaga, Poeta e Professor de Literatura
Aldyr Garcia Schlee

Dia 09 (sexta) - 18h Desfrutar de Don Frutos: impressões do livro por
Washington Benavides (Uruguai)
Paulo José Miranda (Portugal)
Mediação de Aldyr Garcia Schlee

Noite 09 (sexta) 22h Poesia no Bar, no Bistrô Almazen com entrada gratuita. Presença de poetas uruguaios e brasileiros;

Dia 10 (sábado) 15h "De homens e de fronteiras nos tempos de Frutuoso Rivera” Professora Carla Menegat (Pelotas)
Apresentação do livro “Visiones en Movimiento” Sra. Marisa Bentancur.

16h30 Movimentos literários alternativos e independentes e a internet como ferramenta

Por Brasil: Daniel Moreira, Valder Valeirão, Ju Blasina, Jorge Passos e por Uruguai:  Gabriel Sosa e Virginia Lucca

Dia 11 (domingo)15h   Apresentação de autores premiados do Uruguai:
Primeiro premio poesia inédita, Elbio Chítaro
Primeiro premio poesia inédita, Gerardo Ciancio
Primeiro premio narrativa inédita, Ana Solari (Alfaguara, 2011) "El Sr. Fischer"
Segundo premio narrativa inédita, Mariana Casares, "Sex shop no es pecado"
Presença dos jurados: Alicia Torres e Laura Alonso

* A programação está sujeita a alterações

Aldyr Garcia Schlee é o patrono da 3° Feira Binacional do Livro

Exposição de fotos do Carnaval 2011


Organizada pelo Secretário de Cultura, Alencar Porto, Exposição de Fotografias do Carnaval 2011durante a III Feira Binacional do Livro de Jaguarão    

sábado, 26 de novembro de 2011

Clube Social é Patrimônio Público ou Memória Cultural - ou tudo é a mesma coisa?


Vejo a fotografia que foi tomada em seguimento à queda do telhado do clube Jaguarense. A circunstância do Finados influi na minha leitura da imagem. O feriado de finados é de origem pagã, celta, e, tal qual o halloween, são efemérides que demarcavam ciclos agrários – passagens. Posteriormente o calendário cristão dedica o último a Todos os Santos e o primeiro aos mortos. É este aspecto da passagem, da fronteira entre dois tempos, que me assalta.

A foto do desabamento mostra a fenda ruinosa rasgando, em diagonal, o ângulo superior do prédio. A rachadura conduz meu pensamento em dois sentidos, ambos perpassados pela memória temporal.

Há muito que li A queda da casa de Usher, do genial escritor americano Edgar Allan Poe, porém, este conto foi reavivado agora pela fotografia do infausto acontecimento. Esta obra de Poe inspirou A casa tomada, de Júlio Cortázar, escritor argentino, cuja leitura e re-leitura me são recentes. Em ambos temos a evocação de tempos de glória. Temos personagens que estão em desacordo com o mundo circundante: um irmão e uma irmã isolados de terceiros e ligados por uma relação afetiva mais forte do que a fraternal.  Uma espécie de confraria secreta, outrora feliz, que teme ser invadida e sobre a qual forças tempestuosas haverão de se abater. Nos dois relatos, a justiça ou a injustiça destas forças desestabilizadoras não é questionada pelo contrário, ocorre um certo alívio perante a ação indesejada delas, o esgotar-se de uma tensão insuportável. Diante do inevitável, o personagem de Poe apresenta ao narrador uma cançoneta em que os tempos idos são chorados melancolicamente:

E, em volta do palácio, a glória
Que brilhava e florescia
Não passa agora de mal lembrada história
Dos velhos tempos sepultados.

No conto de Cortázar a casa é invadida, no de Poe a casa desmorona, em Jaguarão o telhado ruiu. Olho a fotografia, vejo a fenda ruinosa e ameaçadora e penso nos demais clubes jaguarenses. Retorno aos conturbados anos setenta, o contexto avassalador e massificante das discotecas. Lembro que por aquela época o Mestre Pino, artista plástico singular, pintara uma série profética de quadros que retratava os clubes de Jaguarão - não sei se todos, mas pelo menos o Harmonia e o Jaguarense. O impactante desta série é que os retratava na sua materialidade e concretude, porém evanescentes, flanando nas nuvens, sem pontos de aplicação, terrivelmente vazios.

Clube Harmonia - Luis Carlos Monteiro-  Mestre Pino

A genialíssima Agnes Heller, em um texto de 2003, diz que memória cultural é construção e afirmação da identidade. E que, enquanto um grupo de pessoas conserva e cultiva uma memória cultural este grupo de pessoas existe; caso contrário não, eu presumo.

Sérgio Batista Christino   

Texto publicado na coluna Gente Fronteiriça do  jornal Fronteira Meridional do dia 24/11/2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"O Dragão da Infelicidade contra o Santo Guerreiro" e "Azul Meu Orixá"



Nesta sexta-feira, as 19 horas, dentro da programação da 3° Semana da Consciência Negra de Jaguarão, acontece o Encontro Municipal da Comunidade de Religião de Matriz Africana na Casa de Cultura  com a exibição na tela do Cineclube dos vídeos da Festa de Iemanjá e de São Jorge.

Os vídeos foram produzidos pela Confraria dos Poetas de Jaguarão com imagens das procissões  de Iemanjá e de São Jorge ocorridas em 2011. Na celebração da Rainha das águas , além dos pontos cantados pelos Ogãns, a Confraria tentou registrar o verdadeiro resgate das raízes da arte e religiosidade popular de nossa cidade.  O Filme tem como tema incidental a obra Azul Meu Orixá, composição de Richard Serraria e Sebastian Jantos. Na festa dedicada a Ogum, documentou-se as imagens da procissão com o som da música de Kay Lira para versos do poema "O Dragão da Infelicidade contra o Santo Guerreiro" de Carlos Di Jaguarão.

A iniciativa deste evento, aberto a toda a comunidade,  é do Coordenador de Promoção Cultural da Secult, Rodrigo Machado da Costa em conjunto com as Casas de Religião Afro Brasileiras de Jaguarão.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

3ª Semana da Consciência Negra de Jaguarão- Os Tambores do Candombe com Perico Goulart



3ª Semana da Consciência Negra
Jaguarão - RS – Brasil

OS TAMBORES DO CANDOMBE
Grupo Assessor de Candombe
Comissão Nacional de Patrimônio do Uruguai

Perico Goulart (Barrio Palermo), Waldemar
Silva (Barrio Sur) e Juan Goulart (Barrio Gaboto)

Círculo Operário de Jaguarão
20 de novembro de 2011
Promoção Unipampa, Secult Jaguarão e Prefeitura Jaguarão

Apoio MEC Uruguay

Hoje tem Cineclube. El Círculo encerra ciclo uruguaio.


Nesta quinta-feira (24) o Cineclube Jaguarão encerra o mês dedicado ao cinema uruguaio com o documentário "El Círculo: Las vidas de Henry Engler". Jaguarão terá a oportunidade de assistir um documentário que obteve diversos prêmios e que trata de um personagem único, muito além da figura política ou histórica que ele representa. A sessão acontece às 20h, na Casa de Cultura e tem entrada gratuita.


Uma coprodução do Uruguai,Argentina,Chile e Alemanhã, o filme trata da vida do militante tupamaro e médico Henry. O diretor José Pedro Charlo recorre lugares significativos da vida de Engler depois de 1973, em particular os quartéis onde este preso, o Centro Imanet de Uppsala e Bella Unión,onde o personagem tem encontro com militantes da esquerda uruguaia. Neste trajeto relembra diversos causos sobre as condições de cativeiro e a relação com seus carcereiros.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Los Olimareños em Rio Branco


Escute aqui esta música do CD Cielo del 69

Los Olimareños- No Gre Gre


INICIO AS 21 HORAS


       1)PEPITO MAGUNA
   2) JULIO LEMOS
       3) LAURA CORREA
 
                                                      Y A LAS  23.30   " LOS OLIMAREÑOS " .

Ingressos antecipados $ 200, 00 Pesos ou R$ 20,00 Reais

Chimarruts em Jaguarão na Feira Binacional do Livro


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Candombe e Capoeira na celebração da 3° Semana da Consciência Negra de Jaguarão

Foto Fernanda Cassel


Em Jaguarão, fronteira com Rio Branco (Uruguai), a história de luta do povo negro não está esquecida ou apenas gravada na memória. Há três anos a Prefeitura Municipal, junto ao Clube negro 24 de Agosto vem realizando a Semana da Consciência Negra, com o intuito de trazer a reflexão e compartilhar a história e cultura do povo negro. Nas discussões deste ano além da contribuição do povo negro para a história do Brasil também está sendo evidenciada a importante história dos negros no Uruguai.

Durante a abertura da 3ª Semana, realizada na noite de domingo (20), no auditório do Círculo Operário, o público conheceu um pouco mais dessa trajetória através de um bate papo com integrantes do grupo Assessor de Candombe, da Comissão Nacional de Patrimônio do Uruguai: Périco Goulart (Barrio Palermo), Waldemar Silva (Barrio Sur) e Juan Goulart (Barrio Gaboto). Quem esteve lá, teve a oportunidade de sentir a essência da trajetória negra no Uruguai com a apresentação dos toques dos tambores afromontevideanos.

Além da apresentação dos toques dos tambores, os presentes puderam presenciar o encontro de duas manifestações culturais negras: o candombe e a capoeira. A associação de Capoeira Zumbi dos Palmares, de Rio Grande, conduzida pelo mestre Saci desafiou os candombeiros e juntos berimbaus e tambores encerraram a noite.

Foto Fernanda Cassel
Para o Prefeito Cláudio Martins este é um dos mais importantes eventos do município, pois é parte de uma construção cidadã e humana. “Vencemos o desafio e implementamos a Semana da Consciência Negra em nosso município. Realizada junto aqueles que descenderam do povo negro que ajudou na construção de nossa cidade, e de nossa sociedade. Com certeza é motivo de muito orgulho para nós, sermos protagonistas desta construção”.

Cláudio também ressaltou a questão da integração entre os povos de fronteira: “Esta união, este conhecer-se, integrar-se,  será um grande ganho para a construção de uma cidade com identidade sólida, porém respeitando sempre a diversidade”, finalizou.

              http://www.jaguarao.rs.gov.br/

3ª Semana da Consciência Negra de Jaguarão - Mestre Saci e Capoeira Zumbi dos Palmares




Apresentação de Mestre Saci e a Capoeira Zumbi dos Palmares de Rio Grande na abertura da 3ªSemana da Consciência Negra de Jaguarão no dia 20 de novembro de 2011 no Círculo Operário em Jaguarão.

Dentro do folclore da Capoeira, o Grupo liderado por Mestre Saci,  apresenta a "Puxada de Rede" com tradicional cantiga de trabalho dos pescadores.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Choro do Pica- Pau


Foto: Maria de Fátima Bento Ribeiro

Houve uma ordem: colocar abaixo uma árvore com o tronco seco para utilizar a madeira na feitura de uma cerca. O sargento, com sua usual enérgica voz, determinou que três dos seus soldados se dirigissem ao bosque do campus universitário e derrubassem aquele enorme eucalipto localizado nos fundos do auditório. Um acordo entre o Exército e a Universidade possibilitava essa ação. Os militares, muitas vezes, realizavam a limpeza da área aberta do campus. Cortava-se o capim, juntavam-se entulhos e recolhia-se o lixo que inadvertidas pessoas, eventualmente, jogavam no local. Em contrapartida, tinham autorização para subtrair algumas das árvores condenadas. Um biólogo havia diagnosticado e indicado os caules mortos e que deveriam ser cortados para evitar que, em caso de fortes ventanias, causassem estrago ao patrimônio material, fosse de algum dos prédios ou mesmo um automóvel parado no estacionamento.

A tarefa era simples. Os três soldados tinham prática e, com isso, condições de executá-la com todo o cuidado. O som da motosserra era um tanto perturbador e até assustador, mas com o tempo eles já tinham se acostumado. Algumas cordas seriam necessárias para amarrar os galhos altos e, assim, não deixar que, na queda, destruíssem um telhado ou mesmo a cabeça de um indivíduo.

O trabalho foi rápido e considerado eficiente. Algumas poucas horas de uma tarde foram suficientes para organizar e realizar a ordem dada. Depois foi só carregar a matéria-prima produzida para ser utilizada na cerca.

Na manhã seguinte, os acadêmicos estavam reunidos no auditório. Estudantes, técnicos administrativos e professores participavam de estudos de planejamentos estratégicos para o campus. Coordenadores e Pró-reitores da Universidade desenvolviam oficinas, visando criar e estruturar projetos. Entre uma explanação e outra, entre uma intervenção e outra, todos se encantavam com a bucólica presença de um pica-pau na janela. Junto ao vidro e aos gritos, ele parecia, com insistência, querer participar dos debates. Talvez porque encantado com inusitada imagem, aquele público não reparou que os saltos e bater de asas do pássaro eram de desespero. Se tivessem tido maior atenção, teriam até visto lágrimas nos olhos do pica-pau. Ele não tinha mais um toco para picar. Ele não tinha mais o seu ninho. E ele nunca mais viu seus pequenininhos pica-paus que, até a tarde anterior, não tinham ainda aprendido a voar.
Carlos Rizzon

Leci Brandão em Jaguarão. Para relembrar sempre




No dia em que se celebra o inicio da III Semana da Consciência Negra, registro de um momento inesquecível do Show da Leci  em Jaguarão na noite de 19/12/2010 fazendo parte do Natal social Cultural, promoção da Prefeitura Municipal e Secult.

Olodum, Força Divina / Deus Do Fogo Da Justiça
Leci Brandão

Supremo maior
Da divindade da natureza
No compasso do tempo
Foi-se o bailar

Desenvolvendo o mistério de Assis
No firmamento das eras das luzes
Malgaxe culto soberano
Fertilizando o futuro de um sonho

Melanésia leste do timor
Florescente nascer do sol
Um arco-íris na pura essência
Tão cintilante supremo maior...

O que vai vai, O que vai vai Ahhh
O que vai vai, O que vai vai Ohhh
Diga lá, diga lá...
O que vai vai, O que vai vai Ahhh
O que vai vai, O que vai vai o Olodum
Deixa comigo...

Olodum força divina da fonte da vida
Que com seus mistérios trazem encantamento
Pro nosso cantar, Hanavalona rainha primeira
Derradama revolucionou e com seus gritos
Porém resumidos, o império ele comandou
Na história comenta-se fatos tão profundos quanto
O nosso ser, Olodum representa cultura,
Arco-íris, força e poder.

O que vai vai, O que vai vai Ahhh
O que vai vai, O que vai vai Ohhh
Quero ouvir, quero ouvir
O que vai vai, O que vai vai Ahhh
O que vai vai, O que vai vai o Olodum

Ketu, Ketu falará (5x)

Ô Ci, o nome desse orixá
Está gravado na história
Eu não posso mencionar
Gerado, foi criado
Está esculpido na mente
Muito além da minha consciência
Gerado, vou cantar no meu ifé
A palavra mais justa de um rei
No seu culto candomblé

Ô Ci, o nome desse orixá
Se você ainda não sabe
Agora vou te revelar
Ketu, falará, Ketu falará
Que arê, Rê Kaô
Que arê, Rê oh Deus
Do fogo da justiça
Kaô, me valha
Sou Ketu, a nação mais odara

domingo, 20 de novembro de 2011

A Magia das Cores II na Casa de Cultura

Izabel Bretanha, Anna Sant`Anna e Silvia da Silva


Teve inicio na noite do dia 18 a Exposição “A Magia das Cores II” nas salas da Casa de Cultura de Jaguarão" com trabalhos dos alunos da Escola de Arte e a Mostra "O Voo da Simplicidade" com pinturas das Artistas Izabel Bretanha, Silvia da Silva e Anna Sant`Anna.

A Exposição está aberta à visitação até o dia 24 de novembro.

Ifigênia - Silvia da Silva


Trabalhos dos Alunos
Buscando Formas I - Izabel Bretanha

Amanhecer- Anna Sant`Anna
A Ilha - Raphael Oliveira
Assinam a Exposição “A Magia da Arte II” os alunos da Escola de Arte,  Agatha Janke, André Luiz Jacques, André Neves, Bárbara Martins, Camila Prates, Eliza Vieira, Felipe Leivas, Giulia de Castro, Julia Mano, Laura Lopes, Mariana da Silva, Marina Lopes, Matheus Machado, Pedro Oliveira, Raphael Oliveira e Ricardo Bretanha.

A Promoção é da Secretaria de Cultura e Turismo de Jaguarão.   

Clandestino - Gilberto Isquierdo e Said Baja

  Assim como o Said, milhares de palestinos tiveram de deixar seu país buscando refúgio em outros lugares do mundo. Radicado nesta fronteir...