Credito ao amigo Mário Cerqueira, quando de sua primeira viagem ao Brasil e a Jaguarão depois de se radicar em Barcelona lá pelo fim do século XX, o conhecimento desta maravilhosa cantora catalã, Maria del Mar Bonet. Para que voces tenham idéia, ela é da turma do Joan Manoel Serrat. O CD trazido pelo Mário acho que é um dos melhores da Maria del Mar, e era uma comemoração de 25 anos de carreira em show no Palau San Jordi. Emocionante.
Esta música, Balanguera, hino de Maiorca, fala sobre as fiandeiras, as tecedoras, esse ofício tão peculiar e misterioso, tão pertencente ao universo feminino, de esperança. Penélope aguardando o retorno de Ulisses.
Aqui em Jaguarão, soube que o Paulo Timm e o Martim César compuseram música dedicada às mulheres de Jaguarão que mantém essa tradição de tecedoras.Artesãs mantendo essa tradição milenar. "Tradições e esperanças tecendo a bandeira da juventude".
Abaixo a letra em catalão e traduzida para o espanhol.
LA BALENGUERA - Amadeu Vives/ Joan Alcover
La balanguera misteriosa, La
balanguera misteriosa,
Com una aranya d’art subtil, com sutil arte de
araña,
Buida que buida as filosa, va
vaciando su huso,
De nostra vida treu el fil. De
nuestra vida el hilo saca.
Com una parca bé cavil-la, como
una parca bien razona,
Teixint la tela per demà. Tejiendo
la tela de mañana.
La Balanguera fila, fila, La
balanguera hila, hila,
La balanguera filarà. La
balenguera hilará.
Girant l’ullada cap enrere, Volviendo
atrás la mirada,
Guaita les ombres de l’avior, ve
las sombras del passado,
I de la nova primavera y
de la nueva primavera
Sap on s’amaga la llavor. Sabe
donde está la semilla.
Sap que la soca més s’enfila sabe
que el tronco crece más
Com més endins pot arrelar. Cuanto
más hondo se enraiza.
La Balanguera fila, fila, La
balanguera hila, hila,
La balanguera filarà. La
balanguera hilará.
De tradicions i d’esperances De
tradiciones y de esperanzas
Tix la senyera del jovent, teje
la bandera de la juventud,
Com qui fa un vel de nuviances como
quien hace un velo nupcial
Amb cabellera d’or i argent. Com
cabelleras de oro y plata.
De la infantesa que s’enfila, del
la niñez que va subiendo,
De la vellúria qui se’n va. De
la vejez que ya se va.
La Balanguera fila, fila, La
balanguera hila, hila,
La balanguera filarà. La
balanguera hilará.
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