segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Alvíssaras!



A Nau da Confraria

Alcança os confins

Do alto, da gávea o grito

Ano ímpar para todos nós! 

Avante!





sábado, 29 de dezembro de 2012

Quando a Guerra passou por aqui


3 de dezembro de 1939. Uma batalha mortal era travada a algumas centenas de quilômetros de Jaguarão. Desde o mês de agosto daquele ano, um navio havia partido do porto de Wilhelmshaven, na Alemanha. Navegando através de táticas de despiste, o Admiral Graf Spee percorreu uma rota pelo oceano Atlântico, aguardando o desenrolar do clima tenso que envolvia a Europa naquele ano em que a Alemanha nazista parecia estar a ponto de desencadear uma guerra continental. E a espera não tardaria muito. Em 1º de setembro a Polônia era invadida por tropas alemãs. E, dali em diante, o mundo viveria cinco anos de uma carnificina que envolveria todos os continentes. 

Após a declaração de guerra à Alemanha por parte da Inglaterra e da França, o jovem capitão do Graf Spee, Hans Langsdorff, iniciou a tarefa para a qual havia sido destinado. No comando do mais moderno navio de guerra de sua época, um encouraçado de 16.200 toneladas, equipado com armamento e instrumentos de navegação superiores aos seus similares ingleses e franceses, Langsdorff deveria afundar a maior quantidade de navios mercantes inimigos que encontrasse pelo caminho. Usando de camuflagens, mudando sua pintura, nome e bandeiras, e auxiliado por um “navio madrinha” chamado Altmark, que lhe reabastecia em alto mar, em três meses o Graf Spee pôs à pique nove embarcações de transporte. O surpreendente é que todos estes afundamentos não provocaram uma única morte! Avisando de sua intenção antes dos ataques, Langsdorff permitia que as tripulações deixassem seus navios, para só então afundá-los. Uma vez recolhidos à bordo, os prisioneiros eram depois deixados em algum porto neutro, ou repassados à outro navio alemão.

Contudo, as ações do Graf Spee não passariam despercebidas pelos serviços de informação britânicos. Uma caçada teve início, até o encontro final, no estuário do Rio da Prata. Três cruzadores ingleses, o Ajax, o Achilles e o Exeter, encurralaram o Graf Spee. Há muitas versões sobre as razões que levaram o capitão Langsdorff a enfrentar os navios britânicos, pois suas ordens eram para evitar o confronto direto com a marinha inglesa. Mas, certamente a confiança em seu equipamento lhe dava a sensação de superioridade. Porém, após algumas horas de um intenso canhoneio, apenas o Exeter estava fora de combate. Os outros dois, embora gravemente avariados, ainda podiam disparar. O Graf Spee, por seu lado, também se encontrava com diversas e sérias avarias, além do trágico saldo de 56 mortos. Então, Langsdorff tomou a decisão que selaria o destino de seu navio e o seu próprio. Evitando dar sequência à batalha, tomou o rumo do porto de Montevidéu, onde esperava poder fazer reparos no Graf Spee e retornar ao mar aberto. Seu combustível também estava perigosamente perto do fim. Langsdorff apenas não contava com o fato de que as autoridades uruguaias, pressionadas pela Inglaterra, iriam lhe conceder somente 72 horas para fazer os reparos. Após este prazo, teria duas opções: partir ou entregar o navio, ficando a tripulação “internada” no Uruguai até o fim das hostilidades. Estas eram as leis internacionais que definiam as ralações entre os países beligerantes e os países neutros, como era o caso do Uruguai.

Acreditando que os ingleses haviam reunido uma frota na entrada do Rio da Prata, e sem condições de combater, Langsdorff tratou de sepultar os mortos em Montevidéu e, no dia 17 de dezembro, às 18:00, acompanhado de um pequeno grupo, zarpou do porto com seu combalido navio. Menos de uma hora depois, a multidão que se juntara na orla desde a chegada do Graf Spee assistiu, atônita, como o navio explodia, envolto em uma grande nuvem de fumaça. O capitão havia decidido afundá-lo, para que não caísse em mãos inimigas. Langsdorff e vários oficiais e marinheiros conseguiram embarcar em lanchas e no Tacoma, um barco alemão, retirando-se para Buenos Aires, onde havia uma receptividade mais favorável aos alemães. Era o fim da curta vida do encouraçado. Três dias depois, em 20 de dezembro, Langsdorff tirava a sua, com um tiro, enrolado na bandeira da Marinha Imperial alemã. 

Mas se para Langsdorff a guerra terminava assim, o mesmo não se pode dizer dos oficiais e marinheiros que ficaram no Uruguai ou na Argentina. E um destes nos interessa particularmente. Entre os oficiais do Graf Spee havia cinco capitães de navio que estavam a bordo para o caso de que fosse necessário assumir o comando de algum navio mercante capturado. Paul Sörensen, foi um destes oficiais. “Internado” no Uruguai, e abusando da condição de oficial, sob os quais havia menos vigilância, Sörensen pode estabelecer contato com a comunidade germânica de Montevidéu. Foi assim que conheceu Dorotea Magerl, filha de um rico engenheiro alemão. Durante todo o ano de 1940, Sörensen conviveu com os Magerls e acabou se casando com Dorotea, em 20 de fevereiro de 1941. Ainda durante a Lua de Mel, ou seja entre o fim de fevereiro e o início de março, Sörensen e Dorotea empreenderam uma viagem até o Brasil, com o objetivo de conseguir embarcar em algum navio alemão.

Estação de Jaguarão. Aqui Sörensen e sua esposa embarcaram para Rio Grande.
Talvez estivessem presentes nesta fotografia  

Sörensen pretendia, como muitos outros colegas seus, retornar à Alemanha e lutar por seu país. E é aqui que sua história cruza com a nossa. Tomando um trem que fazia a rota Montevidéu - Rio Branco, Sörensen e sua esposa cruzaram o rio Jaguarão e, passando pela cidade, tomaram outro trem rumo à cidade portuária de Rio Grande. Podemos apenas imaginar as breves horas em que o oficial alemão esteve em Jaguarão, provavelmente sem tempo para se preocupar com o lugar, pois seu objetivo era bem outro. Infelizmente, os dados que chegaram até os dias de hoje não nos permitem saber muito mais do que esta breve conexão feita em Jaguarão. Mas sabemos ainda que Dorotea e Söronsen não conseguiram embarcar em Rio Grande. E aguardaram na praia do Cassino por dois meses. Desistindo da saída por Rio Grande, o casal retornou para o Uruguai. Não sabemos qual caminho utilizaram, podendo ser a mesma rota da viagem de vinda. Mas a história de Sörensen não termina aqui. 

Em julho de 1942 ele finalmente conseguiu embarcar em um navio português em Buenos Aires. Deixando a esposa grávida e uma filha pequena, Sörensen voltou à Alemanha. Conseguiu assumir o comando de um barco mercante e, em março de 1945, um mês antes da guerra acabar na Europa, uma tempestade, ou um ataque aéreo segundo algumas versões, afundou o navio, levando Sörensen para o fundo das águas do Mar Báltico. Assim perdia a vida aquele obstinado oficial alemão que viu seu navio ser afundado, buscou de todas as formas voltar para a guerra e, em algum dia dos inícios de 1941, passou por Jaguarão...

Artur H. F. Barcelos
Historiador, Professor da FURG

Publicado na Coluna Gente Fronteiriça do Jornal Fronteira Meridional, edição do dia 19/26 de dezembro de 2012. 



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

El País Cultural: Historias de Diccionarios


Conservadores de vida


Alberto Manguel

"El lenguaje es lo que más hace ver a un hombre: habla, para que pueda verte".
Ben Jonson, Madera, o Descubrimientos sobre hombres y materia(1640)

ESTAMOS CONDENADOS a la pérdida. Desde el momento en que llegamos al mundo, perdemos todo lo que creemos que es nuestro, desde la comodidad del útero hasta el recuerdo de toda una vida. Las circunstancias cambian, el deseo declina, nuestro recuerdo pierde su alcance. Caminamos hacia la tumba desprendiéndonos de cosas: juguetes, compañeros de juego, padres, maestros, tierra natal, entusiasmos, fechas, gustos, creencias, chucherías acumuladas sobre la orilla a través de los años. Todo estos elementos y muchos más son llevados por la corriente, olvidados (pero ahora no puedo recordar qué son) como para hacer más liviano nuestro descenso al reino de las sombras. La muerte no es, como nos gusta suponer, un ladrón en la noche, sino que se parece más bien a uno de esos invitados deshonestos que vienen a pasar un fin de semana y se van quedando poco a poco más de lo debido, ocupando cada vez más espacio en períodos cada vez más largos, hasta que sentimos que ya no nos pertenecen ni nuestra casa ni nuestra vida. "¿Dónde pusimos aquel libro?", preguntamos. "¿Dónde está aquella fotografía que yo sé que tenía?". "¿Cuál era aquel nombre, aquella dirección, aquella mirada inolvidable, aquella línea memorable?". Almas para el olvido, escribió alguien, pero el resto de las líneas que conocía también han desaparecido, llevadas en el bolsillo del ladrón, para nunca más ser vistas.

Y sin embargo, un racimo de estas cosas sigue firme, resistiendo con tozudez el secuestro, de manera tal que en la luz difusa de la vejez podemos reconocer algunos rostros familiares, algunos fragmentos variados y queridos: algunos pero no muchos, y no siempre. La mayoría de ellos no son famosos ni prestigiosos: nuestro recuerdo no es quisquilloso. Una sonrisa baja flotando, desencarnada, como la mueca del gato de Cheshire; un trozo de canción, un párrafo de un cuento, la imagen veteada de un bosque, una conversación sin importancia: estos persisten, desparramados en el suelo después de que pasa el camión de la basura. En este montón de restos hay también unos pocos objetos sólidos: tal vez una taza, una lapicera, una piedra, un volumen de poesía y, por qué no, un diccionario.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Colabore com a Santa Casa na Campanha "Troco Amigo".

Deposite seu troco nestas garrafas PET especialmente decoradas para a Campanha "Troco Amigo" e que estão espalhadas por vários comércios locais.

A Campanha visa angariar fundos para a Santa Casa de Jaguarão  e é uma promoção do IECAR com o apoio da Casa da Amizade, CDL e Rotary .

COLABORE! 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Governabilidade?

Editorial do Jornal Fronteira Meridional publicado na edição dupla dos dias 19/26 de dezembro de 2012. 


Quem diria, Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Progressista (PP) juntos em um governo em Jaguarão? Pois é isto é o que deve acontecer para a próxima gestão do Prefeito Cláudio Martins já que os presidentes de ambos os partidos assinaram na última segunda-feira um protocolo de intenções onde fica definida tanto a intenção de participação do PP no governo municipal, quanto acordo para a composição da mesa diretiva e das comissões na Câmara de Vereadores.

Pois é, inimigos históricos em uma mesma trincheira para os próximos quatro anos? Se for em prol do desenvolvimento de Jaguarão, mesmo que haja conflito de ideias e interesses, mas que estes conflitos sejam bem administrados. Esperamos que possa dar certo. Até porque é isso que tem feito o Governo Federal desde os tempos do Lula, o que provou que deu certo para o país, levando o governo da atual Presidenta Dilma Roussef a ser o mais bem avaliado da história de nosso país.

Mesmo assim não deve estar sendo fácil para ambas as direções partidárias, romper com o paradigma de oposição histórica, consolidada até então pelos grandes debates na Câmara de Vereadores, outrora promovidos pelo atual prefeito, então vereador Cláudio Martins e vereadores de diferentes épocas do PP, e nos últimos quatro anos pelo enfrentamento constante que o Partido Progressista fez ao Governo Municipal, inclusive com apoio explicito a chapa de oposição ao governo encabeçada pelo PSDB, não deve estar facilmente sendo digerido pelas bases de ambos os partidos.

O que se ouve nas ruas é muito burburinho deste ou daquele que se posiciona contra ou a favor da composição, além de uma grande especulação em torno dos cargos, principalmente de secretários, que pelo que parece ainda não serão, pelo menos oficialmente, anunciados nesta semana. Também nas ruas e nas redes sociais se percebe um forte movimento contrário a composição, principalmente no que diz respeito ao cargo de Secretário de Cultura e Turismo que deve ser destinado ao PP, já que a área foi amplamente trabalhada pelo atual governo, tornando Jaguarão visível para o Brasil a partir de questões como o patrimônio histórico e arquitetônico e o carnaval.

Fato é que a intenção da composição está devidamente assinada por ambos os partidos, o que deve acarretar mudanças importantes em várias secretarias, até porque o protocolo consigna dois cargos de secretários municipais e um cargo de secretário adjunto para o PP, os primeiros na Secretaria de Obras e Serviços Urbanos que deverá sofrer alteração no nome passando-se a chamar unicamente Secretaria de Serviços Urbanos, além da já citada Secretaria de Cultura e Turismo. Já o cargo de adjunto, conforme aponta o protocolo deverá ser na Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente.

Resta esperarmos pelo restante da composição do governo, que pelo que tudo indica deve manter o PDT na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, dando continuidade à parceria que iniciou ainda na eleição de 2008 e que parece ter ganhado força e expressão no decorrer deste primeiro mandato, ficando as demais secretarias na mão do próprio PT.

Tudo pela tão falada governabilidade.

Boa Leitura a todos


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Jaguarão, vetado por ser negro no Botafogo, goleador do Bangu

UM QUEBRA CABEÇA PARA NOSSA MEMÓRIA

Time do Bangu em 1931. Primeiro à direita, Cirilo Campelo, o Jaguarão.

Time do Bangu antes da partida contra o Vasco, em São Januário, no dia 7 de junho de 1931. Da esquerda para a direita aparecem: Santana, Zé Maria, Buza, Ladislau, Domingos da Guia, Dininho, Médio, Eduardo Moura e Jaguarão. Abaixados: Zezé, Sá Pinto e a mascote Manô.

Em 13/05/1987, Zero Hora (p.49) publicou entrevista concedida a Cláudio Dienstmann, pelo historiador Carlos Lopes dos Santos, sob o título “História do Negro no Futebol Gaúcho”, da qual me permito reproduzir a abordagem final da referida matéria: - “Mas quando Luiz Carvalho, grande centro-avante do Grêmio, foi para o Rio de Janeiro e jogou no Botafogo, ele fez questão de levar um jogador negro, o Jaguarão, ponteiro-esquerdo, criado no Palmeiras, da várzea de Porto Alegre. Só que o Botafogo não aceitou o Jaguarão, porque era preto e ele foi parar no Bangu. No primeiro jogo entre os dois clubes, o Botafogo com Luiz Carvalho, tomou 5x0 do Bangu – três golos do Jaguarão. Era um tipo Tesourinha, mais forte”.

Transcrevo ainda do livro “Nós é que somos banguenses”, de Carlos Molinari, as seguintes passagens: - “Curiosa a história do ponta-esquerda Cirilo Campelo, apelidado pelo nome de sua cidade natal: Jaguarão. Chegou ao Rio na vã tentativa de jogar pelo Botafogo, mas foi proibido de treinar em General Severiano por ser negro! Lá foi aconselhado a procurar o Bangu, pois segundo um diretor botafoguense o "seu tom de pele seria ideal no time dos Mulatinhos Rosados". Veio para a Rua Ferrer, treinou e ficou. No Campeonato Carioca marcou somente dois gols, sendo que um deles justamente em cima do Botafogo.” ... “Mudanças significativas ocorreram na equipe de futebol do Bangu em 1932. A principal delas foi a saída de três titulares absolutos: o goleiro Zezé foi defender o Olaria, o atacante Jaguarão iria parar no Engenho de Dentro e Domingos da Guia. O zagueiro havia exibido sua classe suprema de tal forma que foi impossível para o Bangu mantê-lo após tantas insistências dos outros clubes - ele iria para o Vasco”.

Desse livro, também copiei uma foto do Bangu, (clique aqui para ver)  onde aparece esse conterrâneo.

Desde então tenho me perguntado se alguém na época sabia que um conterrâneo brilhava no time dos “mulatinhos rosados”, figurando ao lado dos irmãos Da Guia, Domingos (o Divino Mestre) e Ladislau, este maior artilheiro da história da tradicional agremiação, com 223 golos? Como diria o grande Érico Veríssimo, “eta, mundo velho sem porteira”, por aonde vão se espalhando os nossos “jaguarões”?

José Alberto de Souza
poetadasaguasdoces.blogspot.com.br


Da Série alguns Apontamentos sobre o futebol Jaguarense e o Gauchão, por José Alberto de Souza

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Versos para Iemanjá



Com sua benção, estes versos dedicados a você, Mãe Iemanjá.

Cada vez que vou no rio
Junto pedrinhas brancas
Pra recordar o espelho azul
Das águas doces de Iemanjá

Pela costa, o arvoredo
Vai saudando com as mãos
Tuc- tuc do motor
Vai subindo o Jaguarão

Do profundo azul do rio
Nas mãos fortes, de uma pá
Vai surgindo o casario
Águas doces de Iemanjá

Nós também somos barqueiros
Navegando sem parar
Nossa areia são os versos
Que jogamos pra Iemanjá

Meu amor dança nas ondas
Peixinhos vem lhe beijar
O sol lá no alto brilha
Somos filhos de Iemanjá

A vida também é rio
Escorrendo para o mar
Vou tranquilo, vou sereno
Vou nos braços de Iemanjá


Jorge Passos





quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Coluna do Tomate: Disraeli Gears - Cream



Discografia Básica

CREAM foi considerada a primeira banda progressiva do mundo, mas alguns críticos, inclusive eu, a classificamos como rock psicodélico e bluesista.

Observem o nível da formação deste grupo britânico: ERIC CLAPTON, GINGER BAKER e JACK BRUCE. Eles são considerados o melhor POWER TRIO existente neste planeta. Começaram a tocar juntos no começo dos anos 60 e foram até 1968. Encontrando-se novamente em 1993, no ROYAL ALBERT HALL, conceituado salão de espetáculo em Londres, momento em que foram homenageados e incluídos no hall da fama do rock and roll. 

O último reencontro foi no MADISON SQUARE GARDEN, renomeado complexo de quatro arenas em Nova Iorque, que rendeu a gravação de um DVD duplo, o qual traz toda a trajetória musical deste trio.

Esta banda sempre foi “fiel”, pois nunca houve trocas de integrantes, sendo o primeiro trio de rock pesado. O comum eram bandas com quatro, cinco, seis integrantes, e esta, com apenas três “caras” sempre “arrasaram” com a “sonzeira” do baixo, bateria e guitarra.

CLAPTON (vocal e guitarra) foi o músico que formou o CREAM. Até hoje está na ativa e, como sempre, muito bem conceituado e sucedido.

BRUCE (vocal e baixo) revolucionou o modo de tocar baixo elétrico ultilizando técnicas com “full-toned” e “free-wheeling”, e particularmente, sempre o considerei o melhor do grupo, não só pelo fato de ser um grande baixista, mas principalmente, pelo seu vocal, às vezes, até me fazia lembrar do velho OZZY OSBOURNE.

BAKER (bateria), excelente baterista e um dos primeiros músicos a usar dois bumbos. Ele tinha algumas diferenças com BRUCE, e por ironia do destino, CLAPTON convidou estes dois músicos para a formação do CREAM, e através da banda, se transformaram em grandes amigos. Atualmente, BAKER é criador de cavalos na Austrália.

Mesmo seguindo rumos diferentes, os três integrantes mantêm uma grande amizade!

Cito o LP DISRAELI GEARS, pois é o meu preferido desta banda, dando ênfase para a música SUNSHINE OF YOUR LOVE. Vale a pena conferir! “Flw”! Tomate (Carlos H. M. Cardoso)

Publicado no Jornal Pampeano em 28/07/2012 



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CULTURA NÃO É DESCARTE


Não é coisa de românticos!


Não é coisa de elite intelectualizada!



Não é coisa de loucos!


Não é moeda de troca! 



É política pública de desenvolvimento!





terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Angelo Franco e Arthur Bonilla: show memorável no La Mancha

Apresentação do Memorial do Campo - Foto Elis Vasconcellos

A terceira edição dos espetáculos no Espaço Cultural de Verão La Mancha aconteceu na noite de 14 de dezembro. Com a casa totalmente lotada,  um grande instrumentista e um grande cantor, como de costume no La Mancha realizaram um show inesquecível.   O intérprete e compositor Ângelo Franco acompanhado pelo violonista Arthur Bonilla encantaram o publico presente.  O músico, na tradição dos grandes violonistas brasileiros, Baden Powel, Paulo Tapajós, Toribio Santos, Yamandú Costa, fez uma apresentação memorável. 

Momento marcante também foi a apresentação do CD Memorial do Campo por Martim César e Alessandro Gonçalves, trabalho dedicado ao pessoal da campanha do Telho, representado nessa ocasião por esse grande personagem campeiro, Élbio Ramirez, bolicheiro nas Pedras Brancas até os anos 80 e atualmente posteiro no Mei'água, conhecido desde o Alemão Augusto até o Arroio do Bote.

A próxima atração agendada para o La Mancha, em 11 de janeiro de 2013, será o renomado cantor e compositor Chico Saratt acompanhado pelo pianista Nilton Jr.

Élbio Ramirez e Ângelo Franco - Foto Elis Vasconcellos


domingo, 16 de dezembro de 2012

Recortes de Viagem: Um museu exemplar em Jaguarão. Não deixe de ir!


Por Rosane Tremea

Posso dizer que conheço alguns museus por aí...

Não é coisa de pessoa "entrada em anos"... Quando me mudei para PORTO ALEGRE, com 20 anos, vivia rodando pelos museus da cidade... E olhe que as opções eram bem restritas. Meus preferidos eram o MARGS e o Julio de Castilhos. Conhecia o acervo de cor. E aí passei a montar as estratégias para minhas viagens fora da cidade: segunda-feira, quando os museus em geral fecham, é dia de bater perna... nos outros dias, museus... dia de sol, é dia de bater perna... dia de chuva, museus... A alguns, dos quais gosto muito, se volto à cidade, volto também a eles...

Tudo isso pra dizer que não por falta de referências fiquei impressionada com o acervo e o cuidado do MUSEU DR. CARLOS BARBOSA Gonçalves, em Jaguarão, lá onde o Rio Grande do Sul faz a curva e se encontra com o Uruguai.

                              Começa pelo prédio, lindo, em estilo eclético, do século 19 (1896).

Naquela época, a região vivia seu auge, e as construções refletiam o poder econômico dos produtores de charque.
Foi nesse contexto que foi erguida a construção da Rua XV de Novembro, também conhecida como a "rua das portas". Ela abrigou o médico e político e sua família.


Um pouco sobre CARLOS BARBOSA:

"Nascido numa tradicional família estancieira republicana de Jaguarão, filho de Antônio Gonçalves da Silva e de Maria da Conceição Rodrigues Barbosa, era sobrinho-neto de Bento Gonçalves. Passou sua infância e a adolescência em Jaguarão, onde a família tinha grandes propriedades. Com 15 anos foi estudar no Colégio Pedro II, no Rio, colégio da elite do Brasil Império, onde concluiu o curso de humanidades. Em 1875 graduou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, viajando, em seguida, para Paris, onde fez residência e, também, como republicano, buscou os ares de uma democracia. Além de cirurgia geral, fez especializações em oftalmologia, medicina interna e obstetrícia. Em 1879, voltou para Jaguarão, onde exerceu a medicina, envolveu-se na política e casou-se com Carolina Cardoso de Brum, com quem teve oito filhos. Ajudou a fundar o Partido Republicano Rio-grandense em Jaguarão, elegeu-se para a câmara municipal, depois como deputado e chegou a presidir o congresso constituinte. Foi nomeado por Júlio de Castilhos como o primeiro vice-presidente do Estado. O mandato como deputado seria renovado até 1907. Elegeu-se depois governador e dirigiu o Estado até 1913, com obras marcantes em sua gestão: o prédio da Faculdade de Medicina, o cais do porto de Porto Alegre e de Rio Grande, o início da construção do Palácio Piratini e o monumento a Júlio de Castilhos... Ainda elegeu-se senador, mas abandonou a política, aos 78 anos, e voltou a Jaguarão, onde morreu aos 82 anos."




Da biografia de Carlos Barbosa dá para entender melhor o bom gosto da construção, dos móveis e objetos do casarão da Rua XV de Novembro.

Para preservar sua memória, a última herdeira, Eudóxia Barbosa de Iara Palmeiro, teve a ideia de deixar tudo como está. E, desde 1978, sob o comando de uma fundação, ele abre as portas para visitação.

A minha visita foi muito, muito rápida. Para dizer a verdade, implorei para conhecê-lo quando já não era horário. Não tinha data para voltar à cidade e queria muito conhecer o lugar.

Nesse sobrevoo, muitas coisas me chamaram a atenção: o primeiro telefone residencial do Estado, a banheira de mármore com as alças de um caixão porque o responsável por instalá-la acreditava que banho fazia mal à saúde (e ter banheiro dentro de casa, o que não era nada comum na época), os minúsculos sapatos de uma das filhas, uma das primeiras lâmpadas instaladas em território gaúcho ainda em funcionamento (com 112 anos de vida!) e muito mais...

São 23 cômodos e 600 metros quadrados. Mas o que me impressionou mais foi o cuidado com a casa e com o acervo. E a qualidade das informações da pessoa que me guiou, com conhecimento de causa e gosto.

Inclua o museu na sua visita à cidade. Ainda mais nessa época do ano, quando muita gente viaja pra ali para fazer compras no outro lado, o uruguaio, em Rio Branco.

Ah, não tenho fotos internas porque elas não são permitidas.

SERVIÇO
Rua 15 de Novembro, 642
Fone:  (53) 3261-1746
Visitas de terça a sábado, das 9h às 11h e das 14h às 17h
Ingresso a R$ 5

Fonte: Blog Recortes de Viagem de Rosane Tremeahttp://wp.clicrbs.com.br



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

EXASPERADO

(no livro Sem Meias Palavras, 2002, Editora Ideia-PB, 
foto da Ponte Internacional Mauá, que une o Brasil ao Uruguay)
nasci e vivo
nas fronteiras
nos limites


que conduzem
ao espanto

e me revelam
em riso
silêncio
e pranto

Lau Siqueira




quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Repercussões do 27 de Janeiro na Capital do Império



Nesta mesma coluna, em 07 de novembro passado,  o Professor Carlos Rizzon escreveu interessante artigo sobre os acontecimentos do 27 de janeiro e sua ligação com o Cerco a Paysandu. Por esses fatos, levam as duas cidades a alcunha de heroicas. Pondo de lado a questão das heroicidades incertas,  a Banda Oriental era ainda um estado em formação, entreverado entre os interesses de Buenos Aires e do Império Brasileiro e fortemente dividida entre Blancos e Colorados. Porém,  o que nos interessa hoje é lançar informações sobre os fatos acontecidos nesta fronteira e as repercussões no Império do Brasil. 

Reproduzimos a seguir, mantendo a grafia original, carta do correspondente em Pelotas do Diário do Rio de Janeiro, publicada em edição do dia 11 de fevereiro de 1865, fonte Biblioteca Nacional. O principal alvo do correspondente é o Presidente da Província, Sr  João Marcelino de Sousa Gonzaga, pelo descaso com a defesa da fronteira.


RIO GRANDE DO SUL _ Pelotas, 29 de Janeiro _ ( Carta do correspondente )  _ A falta de prestigio, e a pouca acção governativa da parte do presidente desta província vai produzindo fructos cada vez mais dolorosos. Há 15 dias o coronel Vargas, commandante da guarnição de Jaguarão communicou ao presidente a approximação de uma força oriental superior a 1.000 homens, e pedio armamento. O presidente sempre dubio, sempre indeciso, não lh'o mandou....

Pois bem, a vinda de uma força oriental sobre Jaguarão não foi um sonho daquelle veterano. 1.500 blancos ao mando de Basilio Munhoz sitiam Jaguarão, tendo já no dia 27 feito uma investida contra a cidade, que se defende com os seus poucos recursos!  O coronel Vargas ante-hontem, ás 3 horas da tarde, ainda se dirigio ao presidente só pedindo armamento e cartuxame, porque confia mais que tudo nos recursos de acção e companheiros. Mas, com o vagar do costume, se haviam embarcado 200 armas que lá foram encalhar no sangradouro, que inda hontem apenas tinha 4 palmos d'agoa. Às 11 horas da noite de hontem chegou um vapor de Jaguarão trazendo mais de 200 pessoas. São famílias que fogem espavoridas diante do terror de um assalto.  Esse mesmo vapor regressou levando 48 homens de infantaria, que mandou o presidente, quando alliás podia e devia mandar toda a infantaria de guarda nacional que aqui tem. Agora se procede à reunião da guarda nacional de cavallaria para seguir por terra em soccorro a Jaguarão. A creação de uma força de observação, bem montada e armada convenientemente na fronteira de Jaguarão era uma medida necessária, e ao alcance de todos.

O presidente a não comprehendeu, resistindo aos conselhos do general Caldwel, e até do barão do Serro Alegre que lhe mandou um próprio instando por essa providencia, única capaz de resguardar-nos de uma invasão, como a que soffre Jaguarão.

Mas o presidente entende ser elle o mais habilitado general, que para o rio Grande a todos quer convencer que não há gente, quando é certo que nossas fazendas estão cheias de homens, que as tropas de gados seguem-se umas às outras trazendo grande número de homens, como conductores, e quando não há quem não saiba que as reuniões da guarda nacional ordenadas pelo actual presidente são infelizes, porque tem elle tido o infortunio de não saber escolher os homens a quem deve confiá-las.

Agora mesmo em Jaguarão o tenente-coronel Balduino e o major Leandro reuniram, em dous dias, cerca de 600 homens, alli mesmo onde o presidente, compulsando os mappas das qualificações da guarda nacional, declarou que não havia mais o que reunir! É uma fatalidade para nós, e para o paiz, a cegueira do gabinete. O actual presidente não tem dado conta da tarefa que lhe foi confiada, e não sei como se poderá justificar o gabinete, que há muito deve ter sentido este estado de cousa.

Ahí vem chegando de todos os pontos da fronteira do Jaguarão velhos, mulheres e crianças, que se refugiam nesta cidade, abandonando as pressas seus estabelecimentos, que tem sido saqueados pelas partidas orientaes! Causa dó ver o estado de desespero em que estão!... Ora, quem é o primeiro responsavel por tantas desgraças, que teremos a lamentar? À ineptidão e inacção do Sr. Gonzaga tudo se deve, porque estando aqui nada previne, manda e desmanda, e ficamos sempre atrasados. É tan presidente que n' uma quadra destas não vizita um quartel, não assiste a uma revista!...Ninguém o procura, e sabe-se que há presidente, porque á sua porta estão duas ordenanças!

Quer creiam, quer não, fique sabendo que ainda hoje não há em Pelotas uma só arma! Alguns proprietários sabendo disto, mandaram comprar 300 armas, que existem no Rio Grande e que são amanhã esperadas. Não é provável que Pelotas seja atacada, mas tem em si uma população escrava, que sobe a 4.000 almas, e as forças orientaes, que invadiram a provincia vem proclamando a liberdade dos escravos.

30  DE JANEIRO._ Acabamos de saber que o general Caldwel expedio o 4º batalhão que se achava em Bagé, e mais duzentos homens de cavallaria para Jaguarão, e que para maior presteza da marcha fez montar a cavallo as praças daquele batalhão. Assim terá Jaguarão um auxilio seguro, que de cá não lhe iria tão cedo à vista das indecisões do Sr. Gonzaga. Sabemos por cartas de Bajé de pessoa fidedigna que no dia 23 acampou no passo do Arriura no Rio Negro uma outra força oriental de 1.400 homens. Estão a poucas léguas de distancia de Bagé; mas lá não irão porque o general Caldwell de chegada áquelle ponto, tratou logo de pô-lo em estado de repellir qualquer assalto activando as reuniões da guarda nacional.

31 DE JANEIRO._ Não temos noticias seguras do estado de Jaguarão. O presidente acaba de recusar o alistamento de alguns voluntários da pátria porque diz elle não há ainda corpos organisados!... Assim também não aceitou a offerta de serviços de mais de 100 alemães que aqui residem, e não aceitou o concurso de alguns orientaes conhecidos que se offereceram a marchar! Não entendemos isto. 

Jorge Passos

Texto publicado na coluna Gente Fronteiriça do Jornal Fronteira Meridional do dia 04/12/2012 


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Aldyr Garcia Schlee recebe o título de Professor Emérito da UFPel



Aldyr Garcia Schlee recebe do reitor da UFPel, professor Cesar Borges, 
o diploma de Professor Emérito da Universidade Federal de Pelotas. 
À direita,  o prefeito Claudio Martins, de Jaguarão. Foto Pacheco José

Solenidade também homenageia Clayr Rochefort  com a Medalha do Mérito Universitário

Nesta quinta-feira (6), no auditório daFaculdade de Direito, Aldyr Garcia Schlee recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal de Pelotas, honraria máxima conferida pela universidade aos docentes já aposentados que se destacaram no exercício da atividade acadêmica.

A Sessão Solene também teve o objetivo de outorgar a Medalha do Mérito Universitário ao jornalista Clayr Lobo Rochefort, falecido em 22 de janeiro de 2012. A homenagem, post mortem, foi recebida pela viúva, também jornalista Ira de Rochefort.

Durante a solenidade o jornalista Clayton Rocha saudou a viúva de Clayr Lobo Rochefort em homenagem a contribuição de grande valia à Universidade. Em seu discurso, Clayton Rocha contou um pouco sobre a história de vida do jornalista com quem trabalhou. “É uma honra estar aqui para homenagear duas figuras importantes na construção da história da UFPel”, disse. Ira de Rochefort agradeceu a honraria em nome da família Diário Popular.

A saudação oficial para o professor Aldyr Garcia Schlee foi feita pelo professor Pedro Moacyr Peres da Silveira. Em sua fala, o professor destacou vários aspectos da personalidade de Schlee enquanto professor. “Não estamos homenageando o autor, o desenhista, mas sim o professor. Aldyr pode ser o maior literato desta aldeia, mas hoje possivelmente o maior professor desta casa”, disse.

Aldyr Schlee agradeceu a Faculdade de Direito que acolheu e aceitou um “professor rebelde”, como se auto-intitulou. O professor destacou alguns pontos da sua trajetória na UFPel e de sua amizade com o jornalista Clayr Lobo Rochefort. “Se tem algo que me orgulha é ter conquistado a amizade e a confiança de cada aluno”, finalizou.

O reitor Cesar Borges encerrou a sessão solene declarando a importância de terminar sua gestão com uma solenidade para homenagear amigos. “Aldyr Schlee é uma brilhante aula de amizade, solidariedade e amor ao ser humano”, completou.

Aldyr Garcia Schlee

Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1977), Schlee possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1959). É ex-professor da Universidade Católica de Pelotas, da Universidade do Rio Grande do Sul e da Universidade Federal de Pelotas, onde foi pró-reitor de Extensão e Cultura (1989-1992). Atuou até 2005 como professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Escritor premiado nacionalmente, tem larga experiência de pesquisa e produção literárias na área de Letras, com ênfase em Literatura Gaúcha (sul-rio-grandense e platina), Schlee é autor de livros de ficção, bem como de ensaios críticos, com participação em antologias, colaboração em revistas especializadas e atuação em palestras e mesas redondas.

Sua trajetória na carreira docente na UFPel remonta à criação da Universidade, em 1969, como auxiliar de ensino (1969-1976), na regência efetiva de Direito Internacional Público, regência eventual de Direito Internacional Privado, regência da Cadeira de Sociologia – atendendo aos cursos de Direito, Agronomia, Ciências Domésticas, Engenharia Agrícola e Nutrição e, a partir de 1974, ao curso de Arquitetura e Urbanismo, com a disciplina Sociologia Geral e Urbana. Regente de Metodologia da Pesquisa Social, atendendo o curso de Ciências Domésticas. Cedido ao Instituto de Letras e Artes, desde 1975, atendendo o Curso de Licenciatura em Desenho e Plástica com a disciplina Sociologia da Arte.

Aprovado em concurso para Professor Assistente, com média 9,7, Schlee atuou de 1976 a 1978. Passa para a categoria de Professor Adjunto, em que atuou no período de 1978 a 1988, na Faculdade de Direito (Direito Internacional Público), no Instituto de Ciências Humanas (Sociologia, Ciência Política). A partir de 1989, passa a exercer atividades administrativas, como pró-reitor de Cultura e Extensão da UFPel. Aposenta-se em dezembro de 1992.

Seus projetos de pesquisa contemplam: Literatura sem limites, Dicionário da Cultura Pampeana Sul-Rio-Grandense, Formação da Literatura Sul-Rio-Grandense, Projetos Integrados Formação da Literatura Sul-Rio-Grandense e Banco de Textos Raros. As áreas de atuação de Aldyr Garcia Schlee incluem Linguística, Letras e Artes; Ciências Humanas (Sociologia), Ciências Sociais Aplicadas (Direito, Comunicação – Jornalismo e Editoração).

Schlee tem cerca de 20 livros publicados/organizados ou edições, dezenas de capítulos publicados e textos publicados em jornais e revistas, e um sem número de outras produções bibliográficas e artísticas/culturais.

Fonte: http://ccs.ufpel.edu.br

Clandestino - Gilberto Isquierdo e Said Baja

  Assim como o Said, milhares de palestinos tiveram de deixar seu país buscando refúgio em outros lugares do mundo. Radicado nesta fronteir...