A edição do Meridional
da semana passada abordou uma questão que está preocupando os turistas
brasileiros e os próprios moradores de Jaguarão que visitam a cidade de Rio
Branco em seus automóveis. Recente incremento de sinalização nas ruas
principais da Cuchilla e do Centro Comercial deve deixar o motorista bem alerta
e com cuidados redobrados para não cometer alguma infração, pois as penalidades
são bem salgadas. Um simples “estar mal
estacionado” custará à vitima dos zelosos inspetores de trânsito, que se
multiplicam a cada esquina, a multa de 8 unidades reajustáveis do Uruguay, o
que transformado em moeda brasileira, significa a bagatela de 600 reais. Na
Legislação brasileira, este valor equivaleria a uma infração gravíssima. Não
sabemos se estes valores praticados em Rio Branco são válidos nacionalmente ou
estipulados pela Intendência de Cerro Largo para o Departamento. Uma verdadeira
extorsão segundo expressaram alguns comerciantes do Freeshop, descontentes com
o tratamento excessivamente rígido das autoridades, já que essa atuação
significa afugentar e amedrontar o turista. Decerto, para uma comunidade que
vive do turismo, sempre será mais importante uma política de orientação ao
motorista antes do que simplesmente penalizar para que se tenha segurança e
disciplina no trânsito.
Em Jaguarão, há pouco
tempo, organizou-se audiência pública para tratar da alteração de mão em
determinadas ruas da cidade, mais especificamente na Barão do Rio Branco. A proposta
apresentada pelo vereador Antônio Carlos, com a alegação de que beneficiaria o
ingresso dos turistas pela Ponte Mauá diretamente ao centro da cidade, foi
rejeitada pela maioria dos que se fizeram presentes. Creio que o assunto requer
mais discussão com um novo e preponderante argumento: a racionalização do trânsito em nossa cidade.
Sem
ser um técnico no assunto, como simples usuário, me atrevo a sugerir algumas
alterações para melhorarmos o fluxo de veículos na área central e melhorar a mobilidade.
Uma delas seria a implementação de mão única em torno da Praça Alcides Marques,
ficando a Rua 27 de Janeiro, a partir da Estação Rodoviária, com mão única no
sentido Centro- Beira Rio até a Biblioteca Pública e consequentemente, em mão
única na General Osório no sentido inverso. Esta medida, creio que traria também
maior espaço para estacionamento nessa área. Outra alteração que julgo
importante ser avaliada seria a proibição de retorno diante da Ponte Mauá para
quem vem pela Rua Uruguai. A saída e entrada na Ponte é um ponto de muita
convergência de veículos e extremamente perigoso. O trajeto para quem se dirige
ao centro, seria o retorno pela João Azevedo ou acesso pela Beira Rio, passando
pelo lado do Presídio e por baixo da Ponte.
São propostas que exigem estudo
técnico e talvez causem outras alterações, entre elas o percurso dos ônibus que
se dirigem ou saem da Rodoviária, cuja localização em pleno centro da cidade
causa imensos transtornos, sendo premente a construção de uma nova estação em
área mais apropriada. Outra medida concernente à segurança do Trânsito em nossa
cidade, que deveria ser requerida urgentemente junto à Empresa Ecosul, seria a
construção de uma rótula na rodovia BR 116 no acesso à Avenida 27 de Janeiro.
Questões para debate que a Comunidade, Câmara de vereadores e autoridades de trânsito
possam talvez aprofundar.
Jorge Passos
Publicado na coluna Gente Fronteiriça do Jornal Fronteira Meridional em 28/08/2013
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