tendo sempre vivo na lembrança,
seu sonho de menino.
Pois quando criança corria
livremente em solo pátrio
Eis que de repente assim quis o
destino,
Roubaram-lhe o chão e seu sonho
de menino.
Quando velho, olha o passado
quase em desatino,
Sem entender por que
Em seu próprio lar tornou-de um
clandestino.
O que fazer agora se a hora o
ponteiro não parou!
O tempo passa, mas o hospedeiro
ficou!
Fincou raízes e o lar ser seu
jurou!
Disse que o profeta
Nos tempos antigos assim
prometeu!
Mas como pode alguém prometer
Algo que nunca foi seu?
E agora o que fazer?
Se o mundo olha e diz:
O problema não é meu!
Mas quando repartiram o chão
Pensando ser seu,
esqueceram daqueles que como ele
tiveram que buscar refúgio em
lugares
que jamais poderão chamar de
seu.
Said Baja
Publicado na Coluna Gente Fronteiriça do Jornal Fronteira Meridional em 13/11/2013
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