Pronunciamento de Eduardo Alvares de
Souza Soares por ocasião do Lançamento do seu livro, IGREJA MATRIZ do Divino Espírito Santo da Cidade de JAGUARÃO, durante
cerimônia de celebração pelos 200 anos da Freguesia de Jaguarão em 26 de
outubro de 2011.
Vocês verão neste livro, que a história desta Matriz, foi uma história de
30 anos de lutas.
Jaguarão até a concretização da Matriz teve três Vigários Colados.
Joaquim Cardoso de Brum, que não viu o inicio desta igreja, viu o segundo Vigário
Colado, Padre João Themudo Cabral Diniz, que vocês sabem, está sepultado aqui
no Cemitério das Irmandades em Jaguarão, e, veio a termina-la, de 1859 a 1884, o terceiro Vigário
Colado que teve Jaguarão, padre Joaquim Lopes Rodrigues, que foi o verdadeiro
herói da façanha.
Esse livro reúne cerca de 50 documentos inéditos, todos eles garimpados
em diferentes artigos, e todos eles trazidos à colação nesta obra, para que se
pudesse organizar de forma sequencial, pró-lógica, o que foi a luta de 30 anos
para erguer o templo e finalmente concluí-lo.
Faço minhas as palavras do Dr Claudino
ao dizer o quanto nós, jaguarenses, devemos nos unir todos, as entidades, associações,
as iniciativas particulares, procurando os recursos necessários. ( refere-se o Dr. Eduardo à restauração do telhado da Matriz)
Acredito que esta obra, mais que tudo, será um estímulo a que todos que
a lerem, sentirem de que, a importância deste prédio na vida comunal, é,
talvez, se confunde com a própria historia de Jaguarão. Não há nada mais
importante, não há edifício com maior significação simbólica do que o prédio da
nossa Matriz. E não creio exagerar em nada, se disser a todas as pessoas aqui
presentes, a todos os convidados, a todas as autoridades que nos assistem, que
dificilmente uma igreja no Rio Grande do Sul tenha uma história tão rica e tão
detalhada quanto tem a nossa Matriz. Bastaria um dado. O vigário de Jaguarão
foi o único padre que fez toda a campanha da Guerra do Paraguai, e finda a Guerra
do Paraguai em 1870, foi ele, o vigário de Jaguarão, quem celebrou na Catedral
de Assunção, o Te Deum da vitória.
Esta igreja foi partícipe da invasão de Jaguarão em 1865, partiu da igreja
as iniciativas da luta que mantiveram os jaguarenses por duas epidemias de
cólera morbus, em 1855 e 1868. E esta obra não se limita apenas à atual Matriz,
mas vai ao antigo barracão de palha que sobreviveu anteriormente neste mesmo
local e que, com a criação da Freguesia a 31 de janeiro de 1812, permitiu que o
catolicismo se instalasse em Jaguarão e aqui através do padre, primeiro
provisional, Joaquim Cardoso de Brum, iniciasse as atividades católicas nesta
cidade.
Não devo me estender mais, muito obrigado a todos. Acreditem-me , esta
obra, como diz Sérgio da Costa Franco , e não são palavras minhas, deve ser de
presença obrigatória em todos os lares e bibliotecas de Jaguarão e acredito que
quem a levar, estas páginas, por certo , guardará um tesouro para filhos, netos
e bisnetos.
Obrigado.
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