Publicamos matéria veiculada em ZH , edição do dia 31/07/2013, relacionada às obras no Centro de Interpretação do Pampa
Centro de Interpretação do Pampa, na antiga Enfermaria Militar, já está com 40% da obra executada
As
ruínas da construção abandonada desde a década de 1970 estão
consolidadas após
restaurações, como a reposição de argamassa e
pedras. Foto: Nauro Júnior / Agencia RBS
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Renata
Maynart/Especial
Uma das fases mais emblemáticas do
projeto do Centro de Interpretação do Pampa (CIP), no histórico
prédio da antiga Enfermaria Militar de Jaguarão, evolui a passos
rápidos. As ruínas da construção abandonada desde a década de
1970 estão consolidadas após restaurações, como a reposição de
argamassa e pedras. Agora, já podem receber a laje de concreto e uma
poética referência ao passar do tempo: um telhado de capim e mato
espontâneo.
Rampa de acesso à área
de exposições temporárias e apoio
Foto:
Divulgação
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Vista frontal da
consolidação da ruína da antiga Enfermaria Militar de Jaguarão
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Para este projeto, que envolve a
Prefeitura da cidade, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e o
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o
escritório Brasil Arquitetura, sob o comando do arquiteto Marcelo
Ferraz, ousou na proposta. A união entre a edificação neoclássica
de 1883 e os novos volumes contemporâneos de concreto somará 2,3
mil metros quadrados.
— Quero que o Centro traga um
nocaute para a pessoa. Não é um museu de história, mas trata das
guerras. Não é antropologia, mas trata do homem. Não é
arqueologia, mas traz em suas exposições a ocupação humana —
explica Ferraz.
Vista lateral da
consolidação da ruína da antiga Enfermaria Militar de Jaguarão.
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Se no exterior as ruínas dão o
tom, no interior a tecnologia comanda diferentes áreas, como a de
exposições temporárias, e o auditório e a arena escavados
diretamente no basalto do terreno. Com 350 metros quadrados, o
desafiador auditório subterrâneo atualmente está com cerca de 60%
da escavação pronta, e deve apresentar pé-direito médio de 3m de
altura, conforme a Marsou Engenharia, responsável pela execução. A
previsão é que o CIP seja concluído daqui a um ano e meio.
Toda a obra está cerca de 40%
concluída, conforme a Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento
e Avaliação (PROPLAN), responsável pela construção do complexo.
Encontro na Serra
O trabalho sempre ligado à cultura
nacional de Marcelo Ferraz também ganhará destaque na quarta edição
da Casa Brasil, feira de design realizada no Parque de Eventos de
Bento Gonçalves, de 13 a 16 de agosto. Como um dos palestrantes,
Ferraz irá falar, no dia 15, da completa experiência de projetos
como o Museu do Pão, em Ilópolis, no Vale do Taquari.
A ideia, segundo o profissional, é mostrar todos
os processos de criação do seu escritório, o Brasil Arquitetura,
iniciando pela arquitetura estrutural até a finalização, como a
escolha dos puxadores das portas. E, claro, falará dos móveis. À
frente da marcenaria Baraúna, Marcelo Ferraz defende a cultura do
"móvel de arquitetura", como uma extensão do local que o
envolve.
— Claro que tem móveis que são autônomos, mas
quando ele é visto como continuidade do projeto, ganha-se muito em
personalidade — afirma.
Áreas que serão
destinadas à recepção e circulação
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Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br
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