Estava eu mais que pronto
A embarcar-me nesta
aventura
Da poesia no bar em
maio
Quando um vírus abjeto,
furtivo
Intrometeu-se no meu
projeto
Levando-me quase ao
desmaio
Foi um violento
combate
Com esse enviado do
mal
Não me adiantaram a
rima
Sonetos, verso, ou bailado
Travei a formidável esgrima
À Coristina D, Multigripe
E Chá de anis estrelado
Minha amada em febre
alta
Também sofreu do
ataque
Mas uma verdade eu
lhes digo:
Nosso amor em sua
estrutura
Não sofreu nenhum
achaque
E abraçados, eu com ela, ela
comigo
Desfrutamos da
calentura!
A noite no Madre Mia
Será excelsa, de
glória
E pra encurtar minha
história
E o fim deste dilema
Lhes digo, com muita
pena:
Melhor ficar em casa
A espirrar em meio
ao poema!
Jorge Passos
Um comentário:
Um poeta’stá gripado
Pagando algum pecado
Pra não se fazer presente
Naquele sarau gostoso
De vates do Madre Mia
E fica todo dengoso
Co’amada caliente.
Uma lareira'li perto,
O bom trago de conhaque
Vai lhe conduzir liberto
Aos píncaros d’almanaque
Que nem um tal Bastos Tigre
A desdenhar sua desgraça
Com rimas de muita graça.
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