sábado, 18 de maio de 2013

Mensagem de um poeta gripado



Estava eu mais que pronto
A embarcar-me nesta aventura
Da poesia no bar em maio
Quando um vírus abjeto, furtivo
Intrometeu-se no meu projeto
Levando-me quase ao desmaio

Foi um violento combate
Com esse enviado do mal
Não me adiantaram a rima
Sonetos, verso, ou bailado
Travei a formidável esgrima
À Coristina D, Multigripe
E Chá de anis estrelado

Minha amada em febre alta
Também sofreu do ataque
Mas uma verdade eu lhes digo:
Nosso amor em sua estrutura
Não sofreu nenhum achaque
E abraçados, eu com ela,  ela comigo
Desfrutamos da calentura!

A noite no Madre Mia
Será excelsa, de glória
E pra encurtar minha história
E o fim deste dilema
Lhes digo, com muita pena:
Melhor ficar em casa
A espirrar em meio ao poema!

Jorge Passos


Um comentário:

JASouza. disse...

Um poeta’stá gripado
Pagando algum pecado
Pra não se fazer presente
Naquele sarau gostoso
De vates do Madre Mia
E fica todo dengoso
Co’amada caliente.

Uma lareira'li perto,
O bom trago de conhaque
Vai lhe conduzir liberto
Aos píncaros d’almanaque
Que nem um tal Bastos Tigre
A desdenhar sua desgraça
Com rimas de muita graça.

Clandestino - Gilberto Isquierdo e Said Baja

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