Dom PiXote de La Mancha em nossa história
E seu fiel escudeiro Sancho Pança Vazia
Que nascem em países sem memória
E morrem pouco antes do meio-dia.
Não têm lanças pra enfrentar batalhas
Então lançam olhares pra despertar carinhos
Ou se contentam com míseras migalhas
Ou comem o vento que venta dos Moínhos.
E seguem em bando pelas madrugadas
Pois não tem Dulcinéias para amar nessa vida.
Sonham com doces e acordam nas calçadas
Com o gosto amargo de uma bala dirigida.
Vão para a luta com a ilusão de menino
Que faz, da esperteza, armadura
Sem saber que tombar é o destino
De quem é Cavaleiro de Esquálida Figura!
Jorge Missagia
Um comentário:
obrigada pelo poema, e parabéns ao poeta. Além de ser um belo texto, ilustra, com muita sensibilidade, o diálogo entre a palavra e a imagem, um dos meus temas preferidos.
Um grande abraço,
Neusa Matte
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