Aos Bagageiros do Patiño
Por aqui já passou tudo,
passou vida, passou sorte,
passageiro com destino,
bagageiro, arroz, farinha,
Inté já passou a morte,
passou Zé, passou Maria,
Na fumaça, vai com graça,
ferro e sonho aqui passou
Trem no apito, passou grito,
olho de boi,
passou boiada,
encargada nos vagões
passou gente,
passou sina
dormitando no dormente
Hoje já não passa nada.
hoje já não passa nada
hoje já não passa nada!
Jorge Passos
6 comentários:
Linda poesia, o trem ficou na memória e no sonho de uma viagem, mas era deslumbrante se ver a Maria Fumaça perdendo-se pouco a pouco no horizonte.
Lindo também é trazer-se a memória em poesia.
Parabens!
As minhas férias, fuga da loucura da cidade grande, me traziam ao meu berço, Jaguarão, a casa da minha vó, onde moro atualmente, fica bem atrás da antiga casinha do DNER, em frente à ponte, sempre que eu ouvia o apito, ou o barulho surdo das vagonetas eu saía correndo para ver esta maravilha. Me encanta ver um trem em funcionamento, até hoje, se cruzo por um, tento contar seus vagões, como se cada um deles fosse uma boa lembrança da minha infância.
TIQUE... TIQUE... TIQUE
Lá vai o trem
levando você,
minha amada
tique... tique... tique...
E eu também
por esse Brasil
a fora
em busca
de um lugar
tique... tique... tique...
Pra viver
onde nossos filhos
possam crescer
tique... tique... tique...
Na paz
de Nosso Senhor
Nunca iremos
esquecer
tique... tique... tique...
Nosas raízes
até que a gente
consiga voltar
tique... tique... tique...
Se Deus quiser
¡¡Es una gran verdad, y la has expresado magistralmente, hermano!!
Darío
Cuando la nostalgia se vuelve poesía, ya casi no se añora lo añorado. ¡Y qué bien lo has expresado, Jorge!
¡Salud!
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