quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Coração de boi


Ave pequena                             
De cor vermelha
Olhos pretos
De preto puro

Voa alto
Voa ligeiro
Voa como um jato
Não nasce para ser prisioneiro

E assim que o fez
Assina o contrato
De passar no xadrez
Ou viver isolado

Seu nome é coração de boi
Ave valente
Também há no boi
A cor do sangue corrente

Tanto a ave como o boi
Tem a mesma objeção
Querem viver a vida
Sem condenação

Sâmora Narjara



Sâmora, poeta dos ângulos incomuns. Moradora na campanha, inspira-se muito na natureza. Sua paixão é escrever a partir de traços rurais / naturais.  É acadêmica do Curso de Letras da Unipampa Jaguarão.




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