Escultura- Cleber Carvalho
Nossos passos são ruínas,
Nossos sentidos imaginários.
Ao sol uma pele,
Ao vento uma vela.
Ao amor, boca sedenta,
Um corpo e seus passos.
Se constrói e se perde no tempo:
Se perde, se reinventa, argumenta.
Só um corpo,
Uma luz, uma fresta,
Luz que se apaga,
Fria, não esquenta.
Se perde uma vida,
Se vive uma perda,
A morte é da vida,
A perda: ferida.
Fábio Oliveira
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