Subia ao grande palco da vida,
Maquiada de felicidade,
Decorava seu texto quase sem vontade,
Sua vocação era encenar, encenar.
Seu figurino demonstrava sua simplicidade,
As mãos calejadas deflagravam sua persistência,
O ensaio para seus questionamentos, dúvidas,
Jamais saiam do papel durante sua apresentação diária.
O público indiferente, quase nunca percebia,
Que todo santo dia,
Ela atuava, sorria e chorava mecanicamente,
Que seus sentimentos nem lhe pertenciam mais.
Daniel Moreira (revista-seja.blogspot.com)
2 comentários:
Esta Dona não me é estranha. Acho que nossas vidas se cruzaram anos atras.
Onde andas Amélia?? Disfarçada?
Apanha tua camélia e segue nesta emboscada...
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