Foto J. Passos
O segundo dia do Ciclo de Palestras da Unipampa, nesta terça feira, teve início com o Professor e sociólogo Jeferson Selbach que fez uma explanação sobre a nova ferramenta da literatura: o e-book ou livro eletrônico.
Sabemos os altos custos que os novos escritores têm para poder editar suas obras. Numa tiragem de mil exemplares, afora a dificuldade de distribuição, o desperdício com erros de impressão e outros fatores é de 25%. Na maioria das vezes, fica o pobre e esforçado literato, com mais da metade dos seus livros encalhados e amontoados num canto da casa.
O Ebook veio pois, para acabar com esses problemas! Com custo bem inferior ao tradicional, o autor tem à disposição a rede como propagadora, o acompanhamento dos acessos dos leitores e, portanto, da repercussão obtida.
Numa projeção para um futuro bem próximo, pretende o Google, segundo o palestrante, disponibilizar máquinas espalhadas por todo o mundo em pontos estratégicos, nas quais o leitor poderá escolher o livro de sua preferência e mandar imprimi-lo na hora. O autor recebe direto na sua conta, automaticamente, a parcela de participação.
Muito resumidamente, sobre um assunto tão instigante, foram algumas das considerações do Prof. Selbach.
A Confraria andava discutindo a questão do e-book exatamente nesse dia, e aproveito para enriquecer esta postagem com, digamos, a série "Debates da Confraria"!
A uma sugestão levantada pelo Fábio:
"Quanto aos livros, acho que a Confraria nasceu antenada com o devir, e pode buscar caminhos para o futuro da poesia: livros impressos, embora sejam uma visão romântica que eu gosto muito, estão com os dias contados. Talvez seja uma boa ideia o lançamento de um livro digitalizado para os i-Pad, o que gerará custos de diagramação, arte final, revisão e composição, mas não da impressão, o que tornará o custo muito mais barato. A virtualização será a marca da Confraria, na sua linguagem do futuro. Acho que a pior fronteira é a que não conseguimos ultrapassar dentro de nós mesmos, nos limites impostos pelo nosso processo sócio-histórico."
Uma primeira resposta :
"Acho ótima ideia, mas discordo com o Fábio de o impresso estar com os dias contados. Os i-Pads são uma nova realidade, mas ainda longe de ser para todos, o mais acessível ainda é o impresso. Tem havido um retorno, inclusive a venda de desktops, ao inverso dos laptops, aumentou em 15%. Pierry Levy tem sido contestado... " ( Analva)
Ao que acrescentou o Confrade Missagia:
"Ainda falta muito para se falar que o livro impresso está com os dias contados. Não só livros, mas jornais, revistas, o que seja. É como o fósforo. Uma ideia simples e, na minha opinião, eterna. Além do que, existe todo uma cultuação em torno de livros, livrarias, sebos, empréstimo de livros e por aí afora. Não sou um ermitão, contrário à tecnologia, mas ela vai ter que se aperfeiçoar muito (e se romantizar e humanizar, até) para criar algo que substitua o livro impresso e toda mística que ele envolve."
E o aporte do Edson:
"Gurizada, beleza a sugestão do Fábio, mas eu não quero morrer sem publicar um livro nos moldes em que publicados quando nasci. É um desejo , tipo desejo de grávida. Acho que devemos aproveitar enquando ainda há árvores. Bites e bytes não faltarão tão cedo."
E o parto anunciado:
Interessante sugestão a do Fábio, porém acredito que o livro impresso ainda é necessário na forma tradicional, aos moldes "papai e mamãe", para marcarmos presença . Essa gravidez não pode esperar muito ... Estamos planejando uma cesárea pro ano que vem...Vamos tirar nem que seja a fórceps...pois o tal rebento da Confraria ta crescido e pedindo cancha! (Jorge)
E você caro leitor , qual sua opinião?
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