Da esquerda para a direita:
Foto - Theodoro
SEU NEY
Após o nascimento,
Vinha um guri fraquinho e esmirrado,
Não fosse a vaca do vizinho do lado,
Não se criava o rebento.
O amor pelas galinhas,
É muito antigo senhores,
Pois não fosse a força das gemadas,
Daquela poeideira pontual,
Tinha se criado um guri meio anormal.
Lá pelos sete, rumo à Picada do Maia,
Na anca de uma égua baia, para a casa da Vó,
Entre muito "cascudo" e nunca um sorriso,
Seguia o Guri,
Cevando mate de leite, pois era preciso.
Numa tarde chuvosa de inverno,
Na beira do fogão e pensando em Santa Rita,
ouviu o pai dizer:
Ney, bota o garrãozito na estrada,
me busca uma agulha pro gramofone
Que ta me sobrando vontade
de bailar "La cumparsita".
Após, o destino lhe colocava
As leiteiras no caminho.
E provava o tal amor,
Andando a cavalo de costas,
Vendo a gurizada nas "peladas" do campinho.
Não fosse a vaca do vizinho do lado,
Não se criava o rebento.
O amor pelas galinhas,
É muito antigo senhores,
Pois não fosse a força das gemadas,
Daquela poeideira pontual,
Tinha se criado um guri meio anormal.
Lá pelos sete, rumo à Picada do Maia,
Na anca de uma égua baia, para a casa da Vó,
Entre muito "cascudo" e nunca um sorriso,
Seguia o Guri,
Cevando mate de leite, pois era preciso.
Numa tarde chuvosa de inverno,
Na beira do fogão e pensando em Santa Rita,
ouviu o pai dizer:
Ney, bota o garrãozito na estrada,
me busca uma agulha pro gramofone
Que ta me sobrando vontade
de bailar "La cumparsita".
Após, o destino lhe colocava
As leiteiras no caminho.
E provava o tal amor,
Andando a cavalo de costas,
Vendo a gurizada nas "peladas" do campinho.
Já mocito , nos bailes se divertia a vontade,
Dançando com as velhas fofoqueiras e,
Por não gostar de bebedeira,
Tomava bastante água de torneira.
A hora havia chegado
E o Ney já pensava em casório,
Com a desculpa de ver as leiteiras
E com o sonho de ter um filho,
O namoro começava debaixo de uma parreira
Na casa do Seu Pompílio.
Já casado e dono do próprio nariz,
Embora os avisos de Doña Rufina:
"Ney, abre el ojo con los curas"!
A caminhada com Deus foi consciente e segura.
O tempo foi passando,
Algumas histórias pra trás ficando,
Mas uma vez, entre um garrafão de vinho,
Um prato de pipocas e um jogo da seleção,
Entendi porque o Seu Ney,
Não envelhece não!
Procurou o caminho do bem,
Sofreu, lutou e venceu também,
Sua vida nos mostra as evidências,
Um homem, vale o que é,
Não , as aparências!
Seu Ney sonhou e realizou,
Um filho quase cantor,
Uma professora e dois doutor.
E ainda por cima senhores,
Duas noras, dois genros e nove netos,
Que lhe querem com muito amor!
Jaguarão, 1990.
Dançando com as velhas fofoqueiras e,
Por não gostar de bebedeira,
Tomava bastante água de torneira.
A hora havia chegado
E o Ney já pensava em casório,
Com a desculpa de ver as leiteiras
E com o sonho de ter um filho,
O namoro começava debaixo de uma parreira
Na casa do Seu Pompílio.
Já casado e dono do próprio nariz,
Embora os avisos de Doña Rufina:
"Ney, abre el ojo con los curas"!
A caminhada com Deus foi consciente e segura.
O tempo foi passando,
Algumas histórias pra trás ficando,
Mas uma vez, entre um garrafão de vinho,
Um prato de pipocas e um jogo da seleção,
Entendi porque o Seu Ney,
Não envelhece não!
Procurou o caminho do bem,
Sofreu, lutou e venceu também,
Sua vida nos mostra as evidências,
Um homem, vale o que é,
Não , as aparências!
Seu Ney sonhou e realizou,
Um filho quase cantor,
Uma professora e dois doutor.
E ainda por cima senhores,
Duas noras, dois genros e nove netos,
Que lhe querem com muito amor!
Jaguarão, 1990.
João Vasco Bandeira Dutra Júnior
3 comentários:
Muito bom,
Parabéns
eniltonamericasgrill.blogspot.com
Obrigado Enilton!
Saudades...
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