Foto J. Passos
Às vezes quero apreender o inapreensível,
então preciso de elementos intermediários;
mas só tenho detalhes pobres,
MAGNÉTICOS,
mas intermédios,
pobres.
E com isso não posso traduzir nada.
São só iscas.
E com isso me afasto...
Então, eu sonho...
(Sonhar é tradução?)
- Sonho!
Agora! e já é tudo fluxo,
córrego,
filme trôpego, ...!
Meu veículo é pura dominância,
Veloz,
Indômito ( trincado, rilhado, tatuado
pelo código esse,
que digo incognoscível).
EH! Vamos!
Agora estamos,
Eu com meu nós,
Tu, com o teu vós ( porém, nua, diáfana e inerme),
estamos juntos, vamos juntos,
Mas não somos juntos,
eu sou nós, tu és vós, e vamos...
velozes, felizes mas presos,
mesmo indo, estamos presos;
À volta de nós, tudo é escuro, sombrio.
Perto de nós (de mim e de ti), uma aura dourada.
Tu me mostras, em ti, a ferida aberta pelo meu nós,
- teu sangue,
e quando vou assumí-lo,
Imprimes em mim teu beijo quente;
Tatuagem de ânsias!
que acolho antecedendo um gozo transcendente
que não se perfaz,
que se desfaz ante a milhões de comprometimentos...
Sérgio Christino
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