Segunda parte da reportagem de Michelle Ferreira sobre o tombamento pelo IPHAN da cidade de Jaguarão, publicada na edição impressa do Diário Popular do dia 24/01/2010.
A seguir, trechos da matéria.
Fotos, Carlos Queiroz.
O que pesou à decisãoA singularidade de Jaguarão pesou ao tombamento e há décadas desperta a atenção de órgãos de patrimônio e de universidades. "A arquitetura, predominantemente eclética, é rica. Destacam-se também, a predominancia de horizontalidade e o estado de conservação da cidade, praticamente íntegra", analisa a coordenadora da área técnica do Iphan no Rio Grande do Sul, a arquiteta Ana Maria Beltrami.
Em 2009, o Instituto contratou empresa para aplicação do sistema Integrado de Conhecimento e Gestão, ou seja, do inventário. As pesquisas, entretanto, vêm de longa data e já somam três décadas. Destaque para o projeto Jaguar, conduzido por professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em especial por Ana Lúcia Oliveira, que mais tarde editou o trabalho Programa de Revitalização Integrada de Jaguarão, lembra Alan Melo.
O diretor de Patrimônio histórico aproveita para enfatizar a importância de metodologias que permitem tombamentos mais rápidos. Em processos anteriores, os estudos podiam se arrastar por tantas décadas, que quando as equipes retornavam ao sítio histórico, muito havia sido alterado. Pior do que invalidar o estudo, era perder o patrimônio, enquanto o tombamento não era oficializado.
Debate de todos. O desafio é grande e é bom: "Queremos envolver a população nesse processo", afirma o prefeito Cláudio Martins (PT). O tema tombamento não será tratado em gabinetes - garante o chefe do executivo. É fundamental que os moradores se apropriem das discussões. "Jaguarão não está só passando por um processo de reidentificação histórica. A cidade precisa se apresentar, se assumir e se enxergar com vocação turística".
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registradas por Carlos Queiroz
Observação deste Blog:
Ilustra a reportagem do Diário Popular, fotos da residência de minha irmã, Maria do Carmo Neves Passos, responsável por sua conservação. Reconhecimento também ao antigo proprietário, Dário Neves, o "Português", que manteve sempre as características originais do prédio mesmo com as reformas realizadas.
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