Foto Carlos Queiroz
Por: Michele Ferreira michele@diariopopular.com.br
O número é alto. O inventário realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para decidir pelo tombamento de Jaguarão, catalogou 800 imóveis. O mapeamento, minucioso, abrange aproximadamente 50% da zona urbana, seja como área tombada ou de entorno. Com o selo de qualidade, muitas regras precisarão ser respeitadas. A partir de agora, todas as obras que atinjam a arquitetura de prédios que integram o conjunto dependerão de aprovação do Iphan.
A possibilidade de o órgão instalar um escritório técnico em Jaguarão já é analisada, com o intuito de agilizar os procedimentos. Entusiasmo e receio ficam lado a lado, na comunidade. Para esvaziar as dúvidas, portanto, só há um caminho: debate aberto.
“A cidade não ficará congelada com o tombamento.” A declaração é do diretor de Patrimônio Histórico da prefeitura, Alan Dutra de Melo. “Entraremos, agora, no período de definição das diretrizes de cada setor em que a cidade foi dividida. Depois será feito um regramento.” Tudo em compatibilidade com o Plano Diretor, de 2007, também considerado pelo estudo do Iphan. E é esse detalhamento, a ser construído daqui para frente, que indicará a linha a ser adotada em cada situação, seja para o que já existe, seja para o que será erguido. Os prédios não serão vistos de forma isolada. O resguardo da paisagem, a face da quadra, a volumetria do entorno. Será preciso identificar as variáveis de cada caso, mas é o interesse público, coletivo, que deverá prevalecer. Não o privado ou de especulação imobiliária.
Confira todos os detalhes sobre o tombamento de Jaguarão na reportagem completa nas páginas 2 e 3 da edição impressa do Diário Popular. (edição do dia 23 e 24/01/2011)
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