Entre uma palavra e outra,
Aquela tarde de inverno chegava ao fim,
O sol vermelho misturava-se,
Às sensações acesas daquele sentimento sobrevivente.
Tudo tinha um sentido, um motivo,
As frases soltas refletiam num rascunho.
Os versos falavam alto no eco das paredes vazias,
Nas fachadas frias daquele dia de Setembro.
Indiferente ao clima e a tudo,
Viajava em pensamentos mudos,
Que a memória trazia, insistia.
Nas entrelinhas uma esperança desbotada,
E um sonho vencido pelos dias frios,
Daquele inverno, que aos poucos deixou de ser.
Daniel Moreira
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