É considerada a maior poetisa Portuguesa do século 20.
Sobre ela diz Alberto Lacerda Távola Redonda, no livro Sophia de Mello Breyner Andresen , " Obra poética I" :
Poeta do mundo exterior e da realidade metafísica, da consubstanciação profunda com o real múltiplo - verdadeiro poeta pagão no que esta palavra possa ter de mais grave, sacral. A sua poesia é de raiz trágica pois tem a lucidez constante e agudíssima das antinomias. A sua fome de absoluto é um desejo de realização e não de fuga.
A Bethânia tem um disco " Mar de Sophia" com poemas da poetisa:
" Quando eu morrer voltarei pra buscar
os instantes que não vivi junto ao mar"
MARINHEIRO REAL
" Vem do mar azul o marinheiro
vem tranqüilo ritmado inteiro
perfeito como deus alheio às ruas"
MAR SONORO
" Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só pra mim"
O ironico é que um dia passando por Lisboa rumo ao Brasil vejo estampada na primeira página dos jornais, no aeroporto, a notícia da morte de Shophia. Busco nas duas ou três livrarias do aeroporto os seus livros e nada encontro, só recebo uma expressão generalizada de assombro diante da pergunta que faço: tens algum livro de Shophia de Mello Breyner ? Não, mas o Código Babince está alí. Ou o senhor prefere "A fortaleza"?
Mário Cerqueira (Barcelona)
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