domingo, 26 de setembro de 2010

Sophia de Mello Breyner Andresen



É considerada a maior poetisa Portuguesa do século 20.


Sobre ela diz Alberto Lacerda Távola Redonda, no livro Sophia de Mello Breyner Andresen , " Obra poética I" :

Poeta do mundo exterior e da realidade metafísica, da consubstanciação profunda com o real múltiplo - verdadeiro poeta pagão no que esta palavra possa ter de mais grave, sacral. A sua poesia é de raiz trágica pois tem a lucidez constante e agudíssima das antinomias. A sua fome de absoluto é um desejo de realização e não de fuga.



A Bethânia tem um disco " Mar de Sophia" com poemas da poetisa:


" Quando eu morrer voltarei pra buscar

os instantes que não vivi junto ao mar"


MARINHEIRO REAL


" Vem do mar azul o marinheiro

vem tranqüilo ritmado inteiro

perfeito como deus alheio às ruas"


MAR SONORO


" Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.

A tua beleza aumenta quando estamos sós

E tão fundo intimamente a tua voz

Segue o mais secreto bailar do meu sonho

que momentos há em que eu suponho

Seres um milagre criado só pra mim"


O ironico é que um dia passando por Lisboa rumo ao Brasil vejo estampada na primeira página dos jornais, no aeroporto, a notícia da morte de Shophia. Busco nas duas ou três livrarias do aeroporto os seus livros e nada encontro, só recebo uma expressão generalizada de assombro diante da pergunta que faço: tens algum livro de Shophia de Mello Breyner ? Não, mas o Código Babince está alí. Ou o senhor prefere "A fortaleza"?


Mário Cerqueira (Barcelona)

Nenhum comentário:

Clandestino - Gilberto Isquierdo e Said Baja

  Assim como o Said, milhares de palestinos tiveram de deixar seu país buscando refúgio em outros lugares do mundo. Radicado nesta fronteir...