Pero sabed que la poesía se encuentra en todas las partes donde no está la sonrisa estupidamente burlona del hombre con cara de pato. (Lautréamont) |
Todos os domingos, la Calle Tristán Narvaja em Montevideu, abriga uma feira de pulgas famosa onde se pode encontrar de tudo. Pregos, botões, qualquer tipo de antiguidade, livros raros, o que se puder imaginar.
Mas não era domingo, era uma sexta feira e, mate na mão, saímos a buscar alguns títulos nas livrarias e sebos que estão dispostas quase lado a lado, nesta rua tradicional da capital uruguaia. A faina era localizar a Invenção de Morel do Bioy Casares e uma edição dos Cantos del Maldoror de Isadore Ducasse, o Conde de Lautréamont. Súbito, nos deparamos não apenas com os Cantos de Isadore, mas com os próprios seres fantásticos de Lautréamont.
Tais esculturas estão expostas nas Babilonia Livros da Tristán Narvaja. São obras do artista Jorge Añon livremente inspiradas nos seres fantásticos descritos pelo Conde. Este poeta uruguaio nasceu em Montevideo em 1846 e envolto em mistério e sombras radicou-se em Paris onde se auto concedeu o título de Conde e sua alcunha Lautréamont referir-se-ia a um outro Amon, (Le autre Amon). Isadore Ducasse teve uma breve existência, vindo a falecer em 1870 com 24 anos.
Ademais do que buscávamos, rebuscamo-nos com um Alejo Carpentier, "Reinos deste mundo", um Vargas Llosa, "Tia Julia y el escribidor", "Apocalipticos e Integrados" de Umberto Eco e uma Antologia de la Literatura Fantástica organizada por Silvina Ocampo, Borges e Bioy Casares.
Finda a jornada, regressamos para o encontro com nossas musas que também se fartaram nas Lojas da 18 de Julio, abrigando-se contra a brisa fria que vem do rio da Prata.
Jorge Passos e Sérgio Christino
Um comentário:
Estimado Jorge, vi ahora las interesantes esculturas inspiradas en los relatos de Isadore Ducasse, el Conde de Lautréamont, de las que me hablaras esta tarde en la plaza. Interesante hallazgo y excelente paseo ese que les llevó a la Feria de Tristán Narvaja con el amigo Sérgio Christino. ¡Salud a ambos y, a modo de despedida, usaré la humorística frase que me dijera un catalán desconocido y andariego, hace unos días, en esta misma plaza donde a diario me ven: "A por ellos, maestro, que son pocos y cobardes!"
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