O Ovo da Serpente, de Ingmar Bergman dá inicio ao ciclo
David Carradine e Liv Ullmann no Ovo da Serpente - Gênese do Nazismo na Alemanha do pós guerra |
Nesta
quinta-feira (03), às 20h na Casa de Cultura , o
Cineclube Jaguarão dá inicio ao ciclo do mês de maio com o filme
"O Ovo da Serpente", do mestre sueco Ingmar Bergman. A
sessão tem entrada gratuita.
A
história de passa em Berlim, novembro de 1923. Abel Rosenberg
(David Carradine) é um trapezista judeu desemprego, que descobriu
recentemente que seu irmão, Max, se suicidou. Logo ele encontra
Manuela (Liv Ullmann), sua cunhada. Juntos eles sobrevivem com
dificuldade à violenta recessão econômica pela qual o país passa.
Sem compreender as transformações políticas em andamento, eles
aceitam trabalhar em uma clínica clandestina que realiza
experiências em seres humanos.
No
filme O ovo da serpente, de Ingmar Bergman, dois desempregados
aceitam trabalhar numa clínica que faz experiências com seres
humanos. É a Berlim da falência da República de Weimar. A
decomposição do Estado está retratada na dissolução da moeda:
seu valor já é medido pelo peso do papel em que ela é impressa. O
filme de Bergman mostra a gênese do nazismo, na consciência dos
humanos degradados. Eles preparam-se para aceitar, no nazismo, o mito
da redenção pela raça e assim ver o outro como uma “coisa”,
para que a sua própria pequenez possa imperar sem contrastes. É o
ovo da serpente, a célula do mal em gestação, a expressão do
processo vital, que prepara o seu ataque ao coração da democracia,
depositado no corpo da Constituição de Weimar. (Tarso Genro) -
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