
![]() |
Arte Di Cavalcanti |
Com as roupas da vizinhança,
No melhor estilo literário que alguém um dia chamou de
"Clientela" e as poucas que tínhamos
Para cobrir o corpo, depois de um
Bom Despacho/MG,
Laváva-as na bica d'água em Pompéia.
Subia santamente a São Gotardo,
Sem nunca se esgotar, ao menos aparentava.
É a Dona Maria Guerreira que nunca se
Quedava perante obstáculos.
Em Santa Teresa/BH
(vejam o sobrenome, Costa Santos)
Dona Maria Guerreira,
Mulher de nervos de aço,
Alma de ferro, postura de gigante
Coração de ouro,
Excelente professora,
Autodidata reluzindo em suas fartas
Gargalhadas espontâneas
Tal qual diamante, o brilho do viver...
Forjada pelo sofrimento,
Adoçava a boca de suas crias
Com o doce leite de seus peitos,
É uma "peituda" esta mulher...
Abelha Rainha, mãe soldada
E moldada pela vida,
Media a água e fubá
Para manter vivos seus rebentos.
Sentia fel na boca às vêzes,
Mas nunca destilou o mal.
Dona Maria Guerreira,
Obstinada, MÃEDONA, criatura
Maternal de alma e coração,
Subiu aos céus e infernos
Para ensinar sua prole o que é
Para ensinar sua prole o que é
A determinação, o orgulho, o trabalho,
O melhor caminho, o conhecimento,
A Justiça, a retidão.
Manterá eternamente este fundamental
Princípio de uma biografia
Que o mundo sempre exaltará.
Estes e estas são o orgulho
Que sempre proclamo,
Destes feras e destas feras
Terem saído do
Teu VENTRE
AVE, MARIA GUERREIRA!
Seu sangue, Elder.
Costa Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário