Ultimamente, a simples ação de almoçar por parte deste que vos escreve, tem se tornado uma atividade assaz perigosa, principalmente nas quintas ou sextas-feiras.
É que nestes dias, geralmente saem à luz e tomam o balcão do restaurante impunemente, aqueles elementos ameaçadores aos amantes do idioma e que foram ardilosamente gestados nos 7 dias e 7 noites anteriores.
É um ataque feroz e indiscriminado à língua portuguesa . Sanha assassina que se repete em todas as edições.
Hoje num deles a manchete: Ato OBSENO em rua da cidade (assim mesmo, obscenidade total contra o português). Em outro, na chamada de capa, ECONÔMIA!
Assim, a ECONÔMIA Jaguarense pelo menos anda protegida. Chapéu flamante abrigando-a contra as intempéries e as oscilações climáticas.
O Terceiro, com medo de indigestão, não olhei. Mas é o mesmo que noticiou estupro de égua há pouco tempo atrás. Noticia edificante para nossa tradicional cidade heroica!
A comunidade equina, indignada, ainda aguarda solução para o ato criminoso cometido contra um de seus membros.
Bom, isso só nas capas, imagine o tesouro que há lá dentro. Boa leitura!
PS : Resta-nos o consolo de que raros destes espécimes escritos ultrapassam os muros da cidade, resguardando assim o patrimônio cultural que ostentamos orgulhosamente.
Um comentário:
Quando gerente do jornal "A Folha" em 1959, creio ter criado uma manchete que foi registrada como
JAGUARÃO: ESTOPIM ACESO NA PÓLVORA DO CAMPEONATO - comprove o texto na coleção desse Vespertino Independente.
No Rio de Janeiro, há muito tempo, saiu no jornal popular "O DIA":
LAMBRETA ATROPELA MULHER NUA NO SÉTIMO ANDAR DE EDIFÍCIO - imagine só a notícia...
Saiu em "A Folha" como LADRÃO DE GALINHA um homônio meu, vê se pode?
Está aí uma sugestão de matéria sobre outras chamadas curiosas da imprensa jaguarense.
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