sexta-feira, 1 de abril de 2011

Minha homenagem aos abnegados navegadores da Confraria. Aos Lusíadas que se atrevem a singrar o mar ignoto. Que passem além do Bojador...

  

Ode à Confraria


Como  quadra a um poeta que vasculha o cotidiano
Deve estar um Confrade ao seu entorno sempre atento
Fazer de qualquer brisa, vendaval; de uma gota o oceano
(Saber caçar um seguidor também requer algum talento!)

Nenhum assunto está a salvo, nem o poema mais insano
Sujeito ao crivo dos mortais há de postar-se o seu intento
Airoso sairá desse combate ou terá sido apenas mero engano?
Eis a sua hora da verdade! Eis o seu grande julgamento!

Por Confraria tem o nome e este, por certo, está bem posto!
Cabeça acima da manada, mesmo que a foice cobre o preço
Pois uma ideia vale a vida e nenhum sonho está debalde...

Que tudo afinal é permitido; exceto, é claro, o que é imposto
A liberdade é o escudo contra os que o querem pelo avesso:
O poeta, enfim, é um caranguejo que se libertou do balde!


                                                             Martim César

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