domingo, 3 de abril de 2011

Aos poetas e Loucos de cara

                                                                                                      Para Maria Fernanda



Aos poetas, cabeça acima da manada
Mesmo que a foice cobre o preço,
Aos poetas, Caranguejo liberto do balde
Mesmo sem saber se rumo à glória
Ou salto para o abismo.


A estes,  tira o chapéu o povo quando passam,
rende-lhes a nobreza seu assombro! 


Àqueles que se agarram ao senso médio,
Aos que não enxergam no horizonte
Nada além do que da vila os muros,
Aos promotores da Escola Bolsonaro da existência,
Aos que só pensam no buraco de sua rua
E só vislumbram a pequenez de seus umbigos.


A estes, das águas mornas  e  calmas  navegantes,
O caldo fervente os aguarda no panelão da História!


                                                                Jorge Passos


Foto:  Estátua de  Esteban Echeverría - Buenos Aires

7 comentários:

Daniel Moreira disse...

Sábias palavras em harmonia com a belíssima fotografia. Vida longa aos poetas loucos de cara! Vou postar na Revista SEJA com os devidos créditos. Grande abraço.

Analva Passos disse...

É, os poetas estão todos loucos de cara...Lindo poema. Gostei da imagem do panelão da História! Bjs

Lau Siqueira disse...

Parabéns, sempre. fiquei emocionado com as imagens e com a música sobre os barqueiros do rio Jaguarão.
Há braços!

Mulheres de Fronteira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Fernanda Passos disse...

Lindo...todo sentimento traduzido em poesia. Gracias!

Dedé disse...

Maravilhoso!!Parabéns!!

Dedé disse...

Maravilhoso!Parabéns!

Clandestino - Gilberto Isquierdo e Said Baja

  Assim como o Said, milhares de palestinos tiveram de deixar seu país buscando refúgio em outros lugares do mundo. Radicado nesta fronteir...