Para Maria Fernanda
Aos poetas, cabeça acima da manada
Mesmo que a foice cobre o preço,
Aos poetas, Caranguejo liberto do balde
Mesmo sem saber se rumo à glória
Ou salto para o abismo.
A estes, tira o chapéu o povo quando passam,
rende-lhes a nobreza seu assombro!
Àqueles que se agarram ao senso médio,
Aos que não enxergam no horizonte
Nada além do que da vila os muros,
Aos promotores da Escola Bolsonaro da existência,
Aos que só pensam no buraco de sua rua
E só vislumbram a pequenez de seus umbigos.
A estes, das águas mornas e calmas navegantes,
O caldo fervente os aguarda no panelão da História!
Jorge Passos
Foto: Estátua de Esteban Echeverría - Buenos Aires
7 comentários:
Sábias palavras em harmonia com a belíssima fotografia. Vida longa aos poetas loucos de cara! Vou postar na Revista SEJA com os devidos créditos. Grande abraço.
É, os poetas estão todos loucos de cara...Lindo poema. Gostei da imagem do panelão da História! Bjs
Parabéns, sempre. fiquei emocionado com as imagens e com a música sobre os barqueiros do rio Jaguarão.
Há braços!
Lindo...todo sentimento traduzido em poesia. Gracias!
Maravilhoso!!Parabéns!!
Maravilhoso!Parabéns!
Postar um comentário