quarta-feira, 20 de abril de 2011

A música "Os olhos sob o chapéu" de Vasco Velleda e Paulo Timm vence a 8ª Galponeira da Canção Nativa de Bagé

Foto: Leko Machado

De 15 a 17 de abril o Parque do Gaúcho em Bagé foi palco da 8ª Galponeira da Canção Nativa. Apesar da chuva que atingiu a cidade nos dias do evento, cerca de cinco mil pessoas circularam pelo parque. Ao todo 18 músicas se apresentaram no palco da Galponeira e os jurados Jaime Brum Carlos, Caine Teixeira Garcia, Jorge Nicola Prado, Shana Muller e José Armando Carreta tiveram a difícil tarefa de escolher as 12 finalistas que farão parte do CD da 8° Galponeira e premiar os destaques do evento. 

A grande vencedora do festival foi a música “Os olhos sob o chapéu” de Vasco Velleda e Paulo Timm, recebendo os prêmios de primeiro lugar, melhor arranjo instrumental e melhor letra. A música representou as cidades de Bagé e Jaguarão e foi apresentada no palco pelo intérprete Gustavo Teixeira acompanhado dos músicos Luciano Fagundes (Violão solo), Silvério Barcellos (Violão solo), Paulo Timm (Violão base), Ricardo Comassetto (gaita botoneira) e Natanael (Contrabaixo).

OS OLHOS SOB O CHAPÉU  (Vasco Velleda & Paulo Timm)

Transito leve entre estas lembranças
E me refaço pelos descaminhos
Tenho saudades e apesar de tudo
Já não me importo de seguir sozinho
É natural que com o passar do tempo
A gente entenda a força dos moinhos

Eu só não quero é esconder os olhos
Sob o chapéu num culposo silêncio
Quando as rodilhas da morte apertarem
Pra libertarem minh’alma dos tentos
Eu só não quero é esconder os olhos
Sob o chapéu num culposo silêncio

Teus olhos de tempestade
Viraram um mar de calmaria
Ternura mansa de mãe
Quieta guitarra, luz de poesia...

O tempo mudou-te e quanto

Também mudou-me meu Deus do céu!!!
Não deixe que eu tope a morte
Com os olhos baixos sob o chapéu...

Sem um aceno te vais pra sempre
Tudo me ocorre não digo nada
Retorna à terra quem dela veio
E ao silêncio eu que ontem cantava
Eu só não quero é que Deus permita
Que a morte me ache longe de casa

E assim viúvo entre os meus matungos
Cachorros, vacas, ovelhas mansas
Vou arrastando o corpo cansado
Vivendo quase só de lembranças
Eu só não quero que a morte me ache
De mal com a vida e sem esperanças

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