Oh! Jaguarão. Cidade
heróica, berço de resistência, jovem senhora de beleza incomparável, com seus
lindos casarões de histórias incontadas, jóia da fronteira sul, com sua ponte
majestosa que como diria o poeta: “une e separa dois povos”. Povos que em uma
época foram separados de ti pela ganância dos que queriam impor seu domínio.
Quando, menina, jovem
senhora, ainda que de idade avançada, irás te libertar do jugo de teus senhores?
Quando, em tempos de emancipação feminina, passarás de sexo frágil, a senhora
de teu destino de mulher, mãe zelosa com seus filhos?
Jaguarão, não te
perdas em luxúrias turísticas, sem antes saberes a tua história, de patrões,
peões e escravos. Quando Jaguarão serás forte e resistente àqueles que pensam mandar
em ti só porque és mulher e como mulher, te vêem submissa. Que pensam poder explorar-te sem nada dar-te
em troca.
Quando Jaguarão, teus
filhos mais humildes terão o direito de pensar, serem protagonistas do teu
presente e te conduzirem ao teu futuro de Senhora gloriosa? Quando Jaguarão,
quando será tua independência, tua emancipação?
Nelson
Luis Corrêa
Acadêmico
de História - UNIPAMPA
Texto publicado no Jornal Fronteira Meridional no dia 20/07/2011
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